terça-feira, 4 de outubro de 2016

2° Encontro das Conferências de Educação e Sexualidade

Em continuidade, foram apresentados quatro trabalhos.
 



Acadêmicas: Krislaine e Rosilene
1)    O papel dos pais e da escola na formação da sexualidade dos adolescentes.

É de suma importância o papel da escola na formação da sexualidade dos alunos e das alunas, considerando-se que é um espaço de convivência, socialização e interação. Sendo fundamental o espaço para dialogo desta temática, pois, na maioria das vezes não é debatida em casa, e as informações que os mesmos recebem não são na maioria dos casos certas e permitidas. No entanto ainda existe uma grande resistência, no que se refere há algumas famílias em apoiar um espaço para abordar esta temática no ambiente escolar.  É de grande relevância destacar que a educação sexual que deve ser incrementada na escola não vai substituir o papel da família nesse processo, mas será uma complementação da educação alicerçada em casa. Sendo auxiliadas pelos PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais). Os educadores possuem um importante papel neste sentindo, buscando abordar os diversos pontos de vista existentes na sociedade e desenvolver palestras e oficinas temáticas. Propiciando aos alunos/as estudos da realidade.
A sexualidade ainda é nos tempos de hoje um tabu para muitos pais conversarem com os filhos. Mas, é na família em que se inicia o debate, pois é o principal meio de mediação. Buscando dialogo tranquilo e harmônico com os filhos/as. Cabe aos pais informa-se sobre a puberdade e as mudanças que acontecem para poder falar sobre isso com seu filho ou sua filha. Criando oportunidades para que seu filho/ sua filha, fique à vontade para fazer perguntas sobre assuntos ligados à sexualidade. E quando perceber que é o momento certo, por meio de uma conversa objetiva e direta, alerte seu/sua filho/filha sobre a responsabilidade de iniciar uma vida sexual ou seja, prevenção de gravidez, de doenças sexualmente transmissíveis etc.
Conhecer e mediar a relação do jovem com a educação sexual se faz imprescindível e é papel de todos os geradores da educação e da família e devem ser atuantes responsáveis para abrir espaços para discutir a sexualidade.





Acadêmicas: Telma e Marcela
2)    Violência contra a mulher

A violência contra mulheres constitui-se em uma das principais formas de violação dos seus direitos humanos, atingindo-as em seus direitos à vida, saúde e à integridade física. Ela é estruturante da desigualdade de gênero.
Este é um assunto importantíssimo para ser tratado pois, a violência contra as mulheres cresce a cada dia mais, e ainda infelizmente, existe em nossa sociedade a cultura do estupro. O mais difícil neste contexto é que a maioria das mulheres ainda ficam caladas diante de tal situação.
As violências mais frequentes são: física, psicológica e sexual. A violência física é a ação ou omissão que coloque em risco ou cause danos à integridade física de uma pessoa. A violência psicológica é a ação ou omissão destinada a degradar ou controlar as ações, comportamentos, crenças e decisões de outra pessoa por meio de intimidação, manipulação, ameaça direta ou indireta humilhação, isolamento ou qualquer outra conduta que implique prejuízo à saúde psicológica, à autodeterminação ou ao desenvolvimento pessoal. A violência sexual é a ação que obriga uma pessoa a manter contato sexual, físico ou verbal, ou a participar de outras relações sexuais com uso da força, intimidação, coerção, chantagem, suborno, manipulação, ameaça ou qualquer outro mecanismo que anule ou limite a vontade pessoal. Considera-se como violência sexual também o fato de o agressor obrigar a vítima a realizar alguns desses atos com terceiros. Mas, porque será que estas violências acontecem? Por causa do dilema do preconceito contra as mulheres.
 É de grande importância destacar que as mulheres lésbicas e bissexuais podem sofrer diversos tipos de violência em função de sua orientação sexual, desde agressões físicas, verbais e psicológicas, até estupros corretivos (que pretendem modificar a orientação sexual da mulher). Mulheres transexuais também se tornam alvos de preconceitos e agressões múltiplas, e ainda lidam com violências dentro de instituições, como as que ocorrem no ambiente de trabalho e nos serviços de saúde.
Um dos instrumentos mais importantes para o enfrentamento da violência doméstica e familiar contra as mulheres é a Lei Maria da Penha - Lei nº 11.340/2006. Esta lei, além de definir e tipificar as formas de violência contra as mulheres (física, psicológica, sexual, patrimonial e moral), também prevê a criação de serviços especializados, como os que integram a Rede de Enfrentamento à Violência contra a Mulher, compostos por instituições de segurança pública, justiça, saúde, e da assistência social. 
O enfrentamento às múltiplas formas de violência contra as mulheres é uma importante demanda no que diz respeito a condições mais dignas e justas para as mulheres. A mulher deve possuir o direito de não sofrer agressões no espaço público ou privado, a ser respeitada em suas especificidades e a ter garantia de acesso aos serviços da rede de enfrentamento à violência contra a mulher, quando passar por situação em que sofreu algum tipo de agressão, seja ela física, moral, psicológica ou verbal. É dever do Estado e uma demanda da sociedade enfrentar todas as formas de violência contra as mulheres. Coibir, punir e erradicar todas as formas de violência devem ser preceitos fundamentais de um país que preze por uma sociedade justa e igualitária entre mulheres e homens.






Acadêmicas: Janilelly Ferreira e Rigiane
3)    Erotização Infantil

A infância é um período fundamental para o desenvolvimento de um indivíduo, porque é a fase em que ele desperta seus sentidos, suas capacidades, sua imaginação e também seus processos cognitivos. Entretanto, o que se percebe, hoje em dia, é que esse período está sendo cada vez mais acelerado. As crianças acabam pulando partes importantes dessa fase da vida e dão espaço a uma mentalidade adulta, que começa, muitas vezes, com o uso de roupas nada infantis, sapatos de salto alto, cosméticos e também acessórios. Como podemos visualizar no vídeo abaixo.

Vídeo: Sexualização de MC Melody reacende discussão sobre funkeiros mirins.


O caso da menina de oito anos que canta e dança músicas com forte cunho erótico chama a atenção para a realidade de outros funkeiros mirins, que estão sendo alvo de investigação do Ministério Público e alertam para os prejuízos do estímulo a uma sexualidade precoce. O incentivo à sexualidade precoce pode trazer uma série de prejuízos para o desenvolvimento saudável de crianças e adolescentes. A gente sabe que esse período é extremamente importante para o desenvolvimento. É uma fase de descoberta e isso vai acontecendo pouco a pouco, mas o contato com um ambiente vulnerabilizador faz com que a criança desperte muito cedo a sexualidade. Descobrir isso a partir da ótica do adulto tira dela a inocência.

Vídeo: Destrave – O perigo da erotização infantil


O mesmo é muito interessante, pois mostra a influência do entorno na formação da criança, dando aos pais o papel de impor limites nas escolhas que julgam incorretas. A criança ainda não possui opinião crítica e está vulnerável a todas as influências sadias ou não, os pais como orientadores podem e devem  mostrar a criança que ela futuramente será adulta e poderá fazer suas próprias escolhas.






Acadêmico: Tarcísio Junior
4)    Abuso e Exploração Sexual  (Pedofilia)

Iniciando este assunto com a definição de Pedófilia que é aquele que que gosta de criança, é uma perturbação mental, doença. De acordo com o ECA – Lei 8.069/1990, com alteração da Lei 11.829/2008, Art.5° Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais. A pedófilia é reconhecida como doença CID 10, transtorno mental, porém como vimos durante as aulas há controvérsias.
Ao relatar o trabalho que realiza como conselheiro tutelar aborda como os atendimentos e o apoio as famílias que passam por tal situação, mostrando que o ambiente deve ser acolhedor e favorável ao dialogo, e os procedimentos são inicialmente a conversa para fazer o registro da denuncia, depois a ida para a delegacia para fazer o boletim de ocorrência, e por fim ir ao hospital para a realização de exames comprobatórios. O conselho tutelar é o primeiro a ter contato com os diversos casos.
Em continuidade, ressaltamos o dia 18 de maio, dia do combate à exploração e o abuso sexual de crianças e adolescentes.  No dia 18 de maio de 1973, uma menina de 8 anos foi sequestrada, violentada e cruelmente assassinada no Espirito Santo. Seu corpo apareceu seis dias depois carbonizado e os seus agressores, jovens de classe média alta, nunca foram punidos. A data ficou instituída como o “Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração sexual de Crianças e Adolescentes” a partir da aprovação da Lei Federal n° 9.970/2000. O “caso Araceli”, como ficou conhecido, ocorreu há quase 40 anos, mas, infelizmente, situações absurdas como essa ainda se repetem.
É importante esclarecer a diferença entre abuso e exploração sexual, vale considerar que eles são duas manifestações de um conceito mais amplo que é a violência sexual. Esta pressupõe o abuso do poder pelo qual crianças e adolescentes são usados para gratificação sexual de adultos, sendo induzidos ou forçados a práticas sexuais. Trata-se de uma violação dos direitos humanos universais, e do desenvolvimento sadio de sua sexualidade. Esses direitos são estabelecidos pela Constituição e pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). A violência sexual é atribuída a uma série de fatores sociais, culturais e econômicos.

Exploração sexual
Abuso sexual
Pressupõe uma relação de mercantilização, na qual o sexo é fruto de uma troca, seja ela financeira, de favores ou presentes
Não envolve dinheiro ou gratificação
Crianças ou adolescentes são tratados como objetos sexuais ou como mercadorias
Acontece quando uma criança ou adolescente é usado para estimulação ou satisfação sexual de um adulto
Pode estar relacionada a redes criminosas
É normalmente imposto pela força física, pela ameaça ou pela sedução
Pode acontecer dentro ou fora da família

Para finalizar o debate sobre este tema o acadêmico, apresentou uma música em que os conselheiros tutelares de sua cidade construíram para apresentar as crianças e adolescentes em palestras nas escolas, como forma lúdica de conscientizar e informar.
Uma parte da letra da música: “como é bom ser criança e adolescente, recebe o carinho da mãe e do pai. Vocês são o futuro de nossa gente, viver com segurança amor e paz. Dia 18 de maio é o dia nacional do combate ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes (bis). Não tenha medo disque 1,2,3 que é pra sua proteção e vai ajudar vocês.

A educação como o todo, sermos educadores na vida.


Fotos da conferência:





2° Encontro das Conferências de Educação e Sexualidade

Em continuidade, foram apresentados quatro trabalhos.
 



Acadêmicas: Krislaine e Rosilene
1)    O papel dos pais e da escola na formação da sexualidade dos adolescentes.

É de suma importância o papel da escola na formação da sexualidade dos alunos e das alunas, considerando-se que é um espaço de convivência, socialização e interação. Sendo fundamental o espaço para dialogo desta temática, pois, na maioria das vezes não é debatida em casa, e as informações que os mesmos recebem não são na maioria dos casos certas e permitidas. No entanto ainda existe uma grande resistência, no que se refere há algumas famílias em apoiar um espaço para abordar esta temática no ambiente escolar.  É de grande relevância destacar que a educação sexual que deve ser incrementada na escola não vai substituir o papel da família nesse processo, mas será uma complementação da educação alicerçada em casa. Sendo auxiliadas pelos PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais). Os educadores possuem um importante papel neste sentindo, buscando abordar os diversos pontos de vista existentes na sociedade e desenvolver palestras e oficinas temáticas. Propiciando aos alunos/as estudos da realidade.
A sexualidade ainda é nos tempos de hoje um tabu para muitos pais conversarem com os filhos. Mas, é na família em que se inicia o debate, pois é o principal meio de mediação. Buscando dialogo tranquilo e harmônico com os filhos/as. Cabe aos pais informa-se sobre a puberdade e as mudanças que acontecem para poder falar sobre isso com seu filho ou sua filha. Criando oportunidades para que seu filho/ sua filha, fique à vontade para fazer perguntas sobre assuntos ligados à sexualidade. E quando perceber que é o momento certo, por meio de uma conversa objetiva e direta, alerte seu/sua filho/filha sobre a responsabilidade de iniciar uma vida sexual ou seja, prevenção de gravidez, de doenças sexualmente transmissíveis etc.
Conhecer e mediar a relação do jovem com a educação sexual se faz imprescindível e é papel de todos os geradores da educação e da família e devem ser atuantes responsáveis para abrir espaços para discutir a sexualidade.





Acadêmicas: Telma e Marcela
2)    Violência contra a mulher

A violência contra mulheres constitui-se em uma das principais formas de violação dos seus direitos humanos, atingindo-as em seus direitos à vida, saúde e à integridade física. Ela é estruturante da desigualdade de gênero.
Este é um assunto importantíssimo para ser tratado pois, a violência contra as mulheres cresce a cada dia mais, e ainda infelizmente, existe em nossa sociedade a cultura do estupro. O mais difícil neste contexto é que a maioria das mulheres ainda ficam caladas diante de tal situação.
As violências mais frequentes são: física, psicológica e sexual. A violência física é a ação ou omissão que coloque em risco ou cause danos à integridade física de uma pessoa. A violência psicológica é a ação ou omissão destinada a degradar ou controlar as ações, comportamentos, crenças e decisões de outra pessoa por meio de intimidação, manipulação, ameaça direta ou indireta humilhação, isolamento ou qualquer outra conduta que implique prejuízo à saúde psicológica, à autodeterminação ou ao desenvolvimento pessoal. A violência sexual é a ação que obriga uma pessoa a manter contato sexual, físico ou verbal, ou a participar de outras relações sexuais com uso da força, intimidação, coerção, chantagem, suborno, manipulação, ameaça ou qualquer outro mecanismo que anule ou limite a vontade pessoal. Considera-se como violência sexual também o fato de o agressor obrigar a vítima a realizar alguns desses atos com terceiros. Mas, porque será que estas violências acontecem? Por causa do dilema do preconceito contra as mulheres.
 É de grande importância destacar que as mulheres lésbicas e bissexuais podem sofrer diversos tipos de violência em função de sua orientação sexual, desde agressões físicas, verbais e psicológicas, até estupros corretivos (que pretendem modificar a orientação sexual da mulher). Mulheres transexuais também se tornam alvos de preconceitos e agressões múltiplas, e ainda lidam com violências dentro de instituições, como as que ocorrem no ambiente de trabalho e nos serviços de saúde.
Um dos instrumentos mais importantes para o enfrentamento da violência doméstica e familiar contra as mulheres é a Lei Maria da Penha - Lei nº 11.340/2006. Esta lei, além de definir e tipificar as formas de violência contra as mulheres (física, psicológica, sexual, patrimonial e moral), também prevê a criação de serviços especializados, como os que integram a Rede de Enfrentamento à Violência contra a Mulher, compostos por instituições de segurança pública, justiça, saúde, e da assistência social. 
O enfrentamento às múltiplas formas de violência contra as mulheres é uma importante demanda no que diz respeito a condições mais dignas e justas para as mulheres. A mulher deve possuir o direito de não sofrer agressões no espaço público ou privado, a ser respeitada em suas especificidades e a ter garantia de acesso aos serviços da rede de enfrentamento à violência contra a mulher, quando passar por situação em que sofreu algum tipo de agressão, seja ela física, moral, psicológica ou verbal. É dever do Estado e uma demanda da sociedade enfrentar todas as formas de violência contra as mulheres. Coibir, punir e erradicar todas as formas de violência devem ser preceitos fundamentais de um país que preze por uma sociedade justa e igualitária entre mulheres e homens.






Acadêmicas: Janilelly Ferreira e Rigiane
3)    Erotização Infantil

A infância é um período fundamental para o desenvolvimento de um indivíduo, porque é a fase em que ele desperta seus sentidos, suas capacidades, sua imaginação e também seus processos cognitivos. Entretanto, o que se percebe, hoje em dia, é que esse período está sendo cada vez mais acelerado. As crianças acabam pulando partes importantes dessa fase da vida e dão espaço a uma mentalidade adulta, que começa, muitas vezes, com o uso de roupas nada infantis, sapatos de salto alto, cosméticos e também acessórios. Como podemos visualizar no vídeo abaixo.

Vídeo: Sexualização de MC Melody reacende discussão sobre funkeiros mirins.


O caso da menina de oito anos que canta e dança músicas com forte cunho erótico chama a atenção para a realidade de outros funkeiros mirins, que estão sendo alvo de investigação do Ministério Público e alertam para os prejuízos do estímulo a uma sexualidade precoce. O incentivo à sexualidade precoce pode trazer uma série de prejuízos para o desenvolvimento saudável de crianças e adolescentes. A gente sabe que esse período é extremamente importante para o desenvolvimento. É uma fase de descoberta e isso vai acontecendo pouco a pouco, mas o contato com um ambiente vulnerabilizador faz com que a criança desperte muito cedo a sexualidade. Descobrir isso a partir da ótica do adulto tira dela a inocência.

Vídeo: Destrave – O perigo da erotização infantil


O mesmo é muito interessante, pois mostra a influência do entorno na formação da criança, dando aos pais o papel de impor limites nas escolhas que julgam incorretas. A criança ainda não possui opinião crítica e está vulnerável a todas as influências sadias ou não, os pais como orientadores podem e devem  mostrar a criança que ela futuramente será adulta e poderá fazer suas próprias escolhas.






Acadêmico: Tarcísio Junior
4)    Abuso e Exploração Sexual  (Pedofilia)

Iniciando este assunto com a definição de Pedófilia que é aquele que que gosta de criança, é uma perturbação mental, doença. De acordo com o ECA – Lei 8.069/1990, com alteração da Lei 11.829/2008, Art.5° Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais. A pedófilia é reconhecida como doença CID 10, transtorno mental, porém como vimos durante as aulas há controvérsias.
Ao relatar o trabalho que realiza como conselheiro tutelar aborda como os atendimentos e o apoio as famílias que passam por tal situação, mostrando que o ambiente deve ser acolhedor e favorável ao dialogo, e os procedimentos são inicialmente a conversa para fazer o registro da denuncia, depois a ida para a delegacia para fazer o boletim de ocorrência, e por fim ir ao hospital para a realização de exames comprobatórios. O conselho tutelar é o primeiro a ter contato com os diversos casos.
Em continuidade, ressaltamos o dia 18 de maio, dia do combate à exploração e o abuso sexual de crianças e adolescentes.  No dia 18 de maio de 1973, uma menina de 8 anos foi sequestrada, violentada e cruelmente assassinada no Espirito Santo. Seu corpo apareceu seis dias depois carbonizado e os seus agressores, jovens de classe média alta, nunca foram punidos. A data ficou instituída como o “Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração sexual de Crianças e Adolescentes” a partir da aprovação da Lei Federal n° 9.970/2000. O “caso Araceli”, como ficou conhecido, ocorreu há quase 40 anos, mas, infelizmente, situações absurdas como essa ainda se repetem.
É importante esclarecer a diferença entre abuso e exploração sexual, vale considerar que eles são duas manifestações de um conceito mais amplo que é a violência sexual. Esta pressupõe o abuso do poder pelo qual crianças e adolescentes são usados para gratificação sexual de adultos, sendo induzidos ou forçados a práticas sexuais. Trata-se de uma violação dos direitos humanos universais, e do desenvolvimento sadio de sua sexualidade. Esses direitos são estabelecidos pela Constituição e pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). A violência sexual é atribuída a uma série de fatores sociais, culturais e econômicos.

Exploração sexual
Abuso sexual
Pressupõe uma relação de mercantilização, na qual o sexo é fruto de uma troca, seja ela financeira, de favores ou presentes
Não envolve dinheiro ou gratificação
Crianças ou adolescentes são tratados como objetos sexuais ou como mercadorias
Acontece quando uma criança ou adolescente é usado para estimulação ou satisfação sexual de um adulto
Pode estar relacionada a redes criminosas
É normalmente imposto pela força física, pela ameaça ou pela sedução
Pode acontecer dentro ou fora da família

Para finalizar o debate sobre este tema o acadêmico, apresentou uma música em que os conselheiros tutelares de sua cidade construíram para apresentar as crianças e adolescentes em palestras nas escolas, como forma lúdica de conscientizar e informar.
Uma parte da letra da música: “como é bom ser criança e adolescente, recebe o carinho da mãe e do pai. Vocês são o futuro de nossa gente, viver com segurança amor e paz. Dia 18 de maio é o dia nacional do combate ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes (bis). Não tenha medo disque 1,2,3 que é pra sua proteção e vai ajudar vocês.

A educação como o todo, sermos educadores na vida.

terça-feira, 27 de setembro de 2016




No 20 de setembro de 2016 no mine auditório do Campus Universitario Osmar de Aquino na cidade de Guarabira-PB, estivemos reunidos para a nossa 1ª conferência de Educação e Sexualidade, sob as Orientações da Professora Ana Raquel de França. A mesma nos motivou e proporcionou a oportunidade de dialogar temáticas de nosso interesse, trazendo propostas para apresentar em conferência com os colegas da turma. Neste primeiro encontro foram apresentados quatro temas que serão apresentados abaixo:


Acadêmicas: Janielly Kaline e Thays

1) Gênero e Sexualidade no Cotidiano Escolar
As meninas iniciam sua apresentação trazendo conceitos do que seja Gênero e Sexualidade, mostrando que no cotidiano escolar se faz necessário trabalhar os conceitos de forma contextualizada, trazendo para o contexto dos alunos, na realidade que os alunos estão inseridos.
            É discutido que desde a gestação os pais definem a cor do enxoval da criança de acordo com o sexo do bebê.
            A escola precisa ressignificar o ensino e as práticas de Orientação da sexualidade de forma preventiva e sem preconceitos. Assim necessita repensar ponto em relação ao seu papel social.
Dicas para a Escola:
·         Procurar meios acessíveis “O lúdico”,
·         Trabalhar com respeito a opinião e gosto do outro,
·         Ter continuidade do trabalho na escola,
·         Discutir sem reprimir,
·         Estudar sexualidade na escola é quebrar tabus.

“Sexualidade é falar a própria vida”

            O professor precisa se desprender de sues costumes conservadores, para as questões ligadas a sexualidade e gênero, a formação doente é fundamental para que ocorra um trabalho construtivo, muitos desafios irão surgir e o professor deve estar preparado para lidar com situações cotidianas que vierem a surgir.
É importante que o educador estenda seus conhecimentos de modo que seja orientador, sem deixar manifestar suas concepções e valores pessoais, não deixando que seus pensamentos religiosos ou culturais interfiram na orientação e ou em sua relação com os alunos.
Essa temática que as meninas trazem é muito interessante e podemos refletir de forma clara e objetiva suas propostas. A escola, enquanto espaço de práticas sociais e pedagógicas constituidoras de mecanismos que criam e recriam formas diversas de relações de poder, precisa debater sobre as implicações das relações de gênero e sexualidade nas práticas de inclusão/exclusão de seus/suas alunos (as), tanto nos processos de ensino-aprendizagem, como nos de acesso às condições de possibilidade a todas outras formas de promoção social. É urgente a necessidade de estudos e reflexões sobre esses temas, sobretudo no princípio de que os corpos são continuamente produzidos, significados e ressignificados na e pela cultura, e que a escola se constitui como uma dimensão importante dessas produções. Excelente discussão, lembrando que cada um que se fez presente pode interagir com a apresentação aí estão alguns resultados:


Um momento de grande proveito que cada pessoa apresentou seu desenho acerca da temática em estudo. 





Acadêmicas: Ana Paula e Vanderleia Lima

2) Bullying Homofóbico
            O início da apresentação se deu através dos conceitos dos termos Bullying e Homofobia, com a junção dos dois conceitos formou-se o bullying homofobico que ocorre dentro da escola.
O que é Bullying? é um termo da língua inglesa (bully = “valentão”) que se refere a todas as formas de atitudes agressivas, verbais ou físicas, intencionais e repetitivas, que ocorrem sem motivação evidente e são exercidas por um ou mais indivíduos, causando dor e angústia, com o objetivo de intimidar ou agredir outra pessoa sem ter a possibilidade ou capacidade de se defender, sendo realizadas dentro de uma relação desigual de forças ou poder.
No Brasil, usamos o termo para designar situações de agressões ou implicâncias intencionais feitas, constantemente, nas escolas, por um aluno – ou grupo – contra um ou mais colegas.
Compreendendo o termo Homofobia? Homofobia significa aversão irreprimível, repugnância, medo, ódio, preconceito que algumas pessoas, ou grupos nutrem contra os homossexuais, lésbicas, bissexuais e transexuais. Logo o Bullying Homofóbico é o ato de homofobia, caracterizado por atitudes de preconceito que a sociedade impõe por não aprovar a opção sexual do outro, esse preconceito está ligado ao contexto familiar e social que está inserido, e pode ocorrer verbalmente ou fisicamente. Os danos que a pessoa sofre pode causar tristeza, mudança de comportamento, medo e até desistência no caso do ambiente escolar e causa evasão escolar.
De acordo com a pesquisadora Mirian Abramavay 45% dos meninos e 15% das meninas não querem ter amigos homossexuais. Mirian, que é coordenadora da área de Juventude e Políticas Públicas da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flasco), afirma que a maioria dos jovens brasileiros ainda tem atitude bastante preconceituosa em relação á orientação e práticas não heterossexuais.
Esse tipo de violência não ocorre apenas em escolas, ela pode acontecer em casa, entre vizinhos, no condomínio, no prédio onde a criança mora ou em qualquer outro local que ela frequente. Uma das grandes causas desse preconceito é a falta de informação, as ignorâncias sobre o tema justificam esse problema de mais da metade da população do Brasil. O nível de escolaridade influência o preconceito, 55% dos brasileiros sejam contrários à união estável para casais do mesmo sexo.
A escola precisa repensar suas práticas um fato que podemos citar como exemplo a divisão que ainda existe em muitos colégios, onde meninas são separadas dos meninos na aula de educação física e só podem realizar alguns tipos de atividades: menina não joga futebol e menino não joga vôlei. E o educador tem uma parcela de culpa por essa diferenciação, o/a professor/a deve suprir as necessidades dos alunos, o que não se aprende em casa é dever do mesmo tentar ensinar. Assim, ao contrário do que muitos acreditam, o papel do professor é extremamente importante na ruptura das agressões e na manutenção do respeito dentro e fora da sala de aula. Trazer a diversidade para dentro da escola e fazê-la ser respeitada é indispensável à manutenção dos direitos humanos, professores não ignorem a diversidade de sua sala de aula.
Atualmente nos deparamos com a grande necessidade de tornar todos os profissionais de educação, e não só os professores, entendedores de todos os temas que envolvem a questão de identidade de gênero, de orientação sexual e de tudo que isso envolve, além da necessidade de inclusão do tema nos livros didáticos, o que abrange as novas configurações familiares.
Teremos uma postura diferente, pois através da disciplina podemos aprofundar nossos estudos acerca dessa temática e assim a oportunidade desenvolver nossas novas práticas.

No link abaixo confira a notícia:
http://www.pragmatismopolitico.com.br/2016/07/menino-morre-em-sala-de-aula-durante-sessao-de-bullying-homofobico.html



Acadêmicas: Cinthya e Janielly Oliveira
3) Sexualidade na terceira idade: Quebrando Tabus.
A discussão da temática originou-se a partir da sexualidade como parte importante da vida de todos nós, independentemente da fase em que estamos. Trazendo conceitos iniciais e abordando que na terceira idade, uma vida sexualmente ativa pode ser fator de equilíbrio físico e emocional, trazendo maior sensação de bem-estar e melhor saúde.
Entretanto, a sociedade ainda vê a sexualidade na terceira idade como um tabu, algo reservado aos mais jovens. As mudanças consequentes da crescente presença do idoso em nossa sociedade exigem uma nova postura. Observa-se, sobretudo no senso comum, uma visão limitada sobre a velhice. Um dos aspectos relacionados ao idoso mais negligenciado refere-se a sua sexualidade, que, historicamente, esteve impregnada de mitos e preconceitos responsáveis pela construção de uma concepção negativa e pela negação da sexualidade do idoso.
É importante ressaltar que, apesar das controvérsias, assim como o homem, a mulher independentemente de sua faixa etária, consegue sentir prazer e se realizar durante a prática sexual.
Esse assunto é muito importante para todos, hoje os jovens serão os adultos e idosos de amanhã, e as informações aqui apresentadas pelas meninas é muito valiosa, nós futuros professores pedagogos podemos atuar em centros de idosos e salas de EJA (Educação de Jovens e Adultos), podendo ser uma oportunidade de reflexão para professores e alunos desta modalidade de ensino, sabemos que falar de sexualidade ainda é vista de forma preconceituosa por muitos.



Acadêmicas: Giselly e Valquiria (Blogueiras)
4) A Influência da mídia na sexualidade da criança e do adolescente e o posicionamento da escola.

1. INTRODUÇÃO

            A referente pesquisa abordará a influência da mídia na sexualidade da criança e do adolescente e o posicionamento da escola. Com o objetivo de refletir o papel da escola acerca dessa temática, discutindo as relações que se dão entre as mídias e a formação do pensamento das crianças e adolescentes, bem como as influências das propagandas visuais, auditivas entre outros meios que trazem informações.

2. A INFLUÊNCIA DA MÍDIA NA SEXUALIDADE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE E O POSICIONAMENTO DA ESCOLA.

Já reparou como a mídia vem sendo o principal meio de conduta da sexualidade precoce e de grande influência, espalhando temas e cenas relacionadas à sexualidade?



2.1 CONCEITUANDO: O QUE É MIDIA?

Quer dizer meio. Ampliamos seu significado para meios de comunicação de massa, ou seja, qualquer veículo que leve informação a um grande número de pessoas. Não apenas rádio, TV, jornal e revista, mas também os out-doors, os baners no metrô, as propagandas na traseira dos ônibus e até aquela folhinha com fotos eróticas que fica pendurada na oficina mecânica. Em tudo há uma informação. Exemplo: Os pais tornam a televisão uma babá eletrônica das crianças, que passam a ficar horas e horas inativas, quietas, sentadas ou deitadas na frente do aparelho, sem atividades lúdicas, motoras e sociais.
A televisão tem o poder de formar a identidade dessa criança, pois a relação de dominador que a TV tem sobre o receptor- a criança- tende a fazer que ela imite comportamentos e atitudes transmitidos pelos programas e propagandas da televisão.
Muitas músicas seguem no mesmo caminho. Têm um forte apelo sexual, falam da mulher como um objeto para satisfação do homem, de homens que exibem dinheiro e esbanjam prazer, banalizando a sexualidade. E são um sucesso...
As crianças e jovens são atraídas pelo ritmo e não sabem avaliar o tipo de música que devem ou não ouvir. Exemplos: Música do momento: Bumbum Granada
MCs Zaac e Jerry,  Melô da Mulher Feia - DJ Marlboro.
A mídia está aí, com um potencial enorme para trazer informações e influenciar crianças, jovens e adultos, seja de forma positiva, com debates, reflexões, programações que promovam discussões em casa, na escola ou na roda de amigos, ou seja, de forma negativa. Seja qual for sua mídia favorita – o que importa é fazer escolhas conscientes e questionar sobre o que assistimos, ouvimos ou lemos, antes de simplesmente “ir na onda” do senso comum.
A mídia se torna uma formadora de opiniões, e a criança passa a entender as coisas da forma que é colocada. A forma que a sexualidade é colocada para essas crianças e adolescentes geralmente não é de forma educativa e com restrições para cada idade.
A grande oferta de produtos pornográficos em qualquer banca de revistas ou locadora de vídeos, a exposição exagerada do corpo, principalmente do feminino, os programas televisivos e a banalização da sexualidade tem dificultado a tarefa de educar.

3. O PAPEL DA ESCOLA NA SEXUALIDADE

De acordo com o PCNs de Orientação Sexual:
A escola, ao definir o trabalho com Orientação Sexual como uma de suas competências, o incluirá no seu projeto educativo. Isso implica uma definição clara dos princípios que deverão nortear o trabalho de Orientação Sexual e sua clara explicitação para toda a comunidade escolar envolvida no processo educativo dos alunos. (Pag. 227)
Ao tratar de tema associado à tão grande multiplicidade de valores, a escola precisa estar consciente da necessidade de abrir um espaço para a reflexão como parte do processo de formação permanente de todos os envolvidos no processo educativo. (Pag. 227)
O papel da Escola é abrir espaço para que a pluralidade de concepções, valores e crenças sobre a sexualidade possa se expressar. O trabalho de orientação sexual, compreende a ação da Escola como complementar à educação dada pela família.
O professor, mesmo sem perceber, transmite valores com relação à sexualidade no seu trabalho cotidiano, inclusive na forma de responder ou não às questões mais simples trazidas pelos alunos. Espera-se que... A escola aborde as repercussões de todas as mensagens transmitidas pela mídia, pela família e pela sociedade, com as crianças e os jovens.
Trata-se de preencher lacunas nas informações que a criança já possui e, principalmente, criar a possibilidade de formar opinião a respeito do que lhe é ou foi apresentado. A escola, ao propiciar informações atualizadas do ponto de vista científico e explicitar os diversos valores associados à sexualidade e aos comportamentos sexuais existentes na sociedade, possibilita ao aluno desenvolver atitudes coerentes com os valores que ele próprio elegeu como seus.

Considerações Finais
A mídia é grande influenciadora na formação da identidade da criança e do adolescente, os mesmos precisam de orientação a respeito da temática. Sendo assim, a educação e orientação sexual acabam influenciando os valores, que devem ser aceitos e construídos culturalmente.
            A escola tem uma responsabilidade, realizando um trabalho pedagógico, que vise diferentes pontos de vista, promovendo um ambiente acolhedor que possibilite o desenvolvimento da personalidade da criança, pois elas recebem informações carregadas de emoções e valores e vão construindo sua história. Tornando importante que a escola favoreça um conhecimento reflexivo a cerca da temática.

Referências
MIDIA X SEXUALIDADE: O que você assiste, ouve e lê também interfere no seu jeito de agir e pensar. Disponível em: http://www.agenciajovem.org/wp/na-sexualidade-o-que-voce-assiste-ouve-e-le-tambem-interfere-no-seu-jeito-de-agir-e-pensar. Acesso em 18 de set de 2016.
Sexualidade na escola. Disponível em: ptslidesshare/leandrofuzaro.com. Acesso em 17 de set de 2016.
Parâmetros curriculares nacionais: Orientação Sexual/Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Disponível em: portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/orientação. Acesso em 18 de set de 2016.




Fotos das apresentações: