segunda-feira, 29 de agosto de 2016



“Vídeo: Pensamento Infantil – A sexualidade da criança”


O vídeo aborda o desenvolvimento infantil e a sexualidade, sendo apresentado com depoimentos de crianças. Destacando a curiosidade e descobertas das crianças, com questionamentos sobre relacionamento de casais, concepção e nascimento que são as mais frequentes. Mostra as relações das crianças, uma com as outras, dentro do espaço escolar, e a importância dessas relações para o desenvolvimento da criança. É de suma importância o modo de construir o diálogo com relação a sexualidade da criança, as descobertas do seu corpo, no seu imaginário; muitas vezes os adultos antecipam o pensamento e a orientação. Observamos através do vídeo que as crianças desde cedo demonstra afetividade e gosto pelo coleguinha, influenciando na construção da identidade e gênero desde muito cedo. A professora coloca que se faz necessário “deixar que as crianças questionem naturalmente” dentro da sua realidade. As crianças confirmam no vídeo o que sabem de acordo com seu pensamento e os saberes que são construídos conforme explicações dadas por adultos, muitas dúvidas e questionamentos vão surgindo. O exemplo da concepção no último caso observa-se que a criança tem um pensamento a respeito do seu nascimento, porém, quando se refere ao nascimento de outra criança ela diz que não sabe, assim percebemos que nós adultos devemos respeitar os questionamentos que as crianças fazem não havendo necessidade de acrescentar as informações, aos poucos eles irão descobrindo de forma natural.

“Síntese do texto: Gênero e sexualidade na educação”


            O texto destaca importantes discussões acerca das mudanças de comportamentos e crenças relacionadas a sexualidade. Pois, em diversas culturas essa foi se tornando questionável. Salienta que o processo de ensino aprendizagem devem contribuir para a reflexão sobre outras formas de organização social e como a escola deve agir no mundo hoje para produzir mudanças de princípios. Podemos perceber que a cada período existe uma série de novos conhecimentos relacionados a sexualidade, pois cada geração ainda incorpora a heranças cultural dos ascendentes, a própria fase em que determina mudanças.
            Na segunda metade do século XIX, as mulheres passaram a conquistar lugares nas escolas e hospitais, resultado da luta do movimento feminista, mas ainda existia neste período muitas restrições, no que se refere ao trabalho da mulher.
            Em conformidade com as ideias de Guacira Louro (2007), os/as educadores/as tratam a questão da sexualidade como problema e que deve ficar fora da escola. Mas, a escola não reproduz ou reflete as concepções de gênero e sexualidade que permeia na sociedade, contudo ela própria as produz. Isto, está explicito nos discursos, quando referir-se aos alunos/as sempre na forma masculina. Assim sendo, o professor precisa evitar o tratamento no masculino evitando assim maior constrangimento frente aos alunos, esse pode ser um dos caminhos para mudar a realidade. A escola deveria fazer uma análise dos processos sociais mais amplos que marcaram a discriminação de diferentes sujeitos, em função tanto de sua identidade de gênero quanto em função de articulações com a raça/etnia, orientação sexual, religião, aparência física, entre outras. Questionando, as formas como a sociedade trata as mulheres e os grupos homossexuais com ênfase para a relação de poder. A discussão da sexualidade deve ser continua, sistemática, corajosa, honesta e politicamente interessada com critica desses modelos, citados acima.


“Síntese do texto: Corpo, gênero e sexualidade na infância”



            O texto ressalta reflexões acerca de questões de gênero, sexualidade e corpo existentes nas ações da educação infantil. Falar sobre sexualidade na educação infantil ainda não é privilegio entre os projetos pedagógicos em boa parte das escolas. Pois, os professores continuam a professar as práticas pedagógicas tradicionais. Porém, corpo, gênero, e sexualidade estão vigentes em todas as ocasiões e lugares, e atua, alicerça seu jeito de viver, de ser, de se lançar no mundo. A sexualidade se apresenta através do corpo, na subjetividade única de cada sujeito. Está relacionada à vida, sensações, sentimentos e emoções. Como envolve dimensões humanas, é um tema difícil de ser tratado e por isso, permeado de dúvidas, preconceitos, estereótipos e tabus.
            A exemplo de Foucault (1987), existe os “corpos dóceis, corpos submissos”, aqueles submetidos a disciplina. Temos como exemplo disto, o espaço escolar, a sala de aula especificamente, onde os corpos dos alunos estão completamente disciplinados para fazer aquilo que lhe for ordenado, sendo manipulados a seguir horários, gestos e discursos.
             Em concordância com o autor, destacamos que a sexualidade é definida pela produção histórica, política e contextual, sendo conservada por sistemas de valores familiares, culturais e sociais vigentes. E na escola é da mesma maneira, a sexualidade é normatizada. E o professor torna-se fruto de uma educação repressora.
             O tema corpo, gênero e sexualidade vem sendo espalhado pelos meios de comunicação, através de propagandas, programas infantis, filmes (Disney), novelas, revistas masculinas e femininas, internet, televisão, são vários estímulos voltados as questões de sexo e sexualidade. E diante de tudo isso as crianças vivem diariamente com cenas de sexo, são motivadas a erotização precoce, através da imitação de comportamentos sugeridos por músicas e coreografias, que estimulam a sexualidade e a sensualidade. É importante ressaltar que na maioria dos filmes, as imagens expressam os papeis de homem e mulher e frequentemente colocando o papel do homem como de autoridade, poder, domínio, e as mulheres submetidas aos caprichos dos homens. E quando aparecem como papel principal, são consideradas rebeldes, diferentes e corajosas, não sendo declarada como mulher comum. E com estas cenas as crianças buscam saber o porquê. Querem se descobrir como homens ou mulheres, querendo saber sobre as diferenças existentes entre si, e a escola deve dá o apoio neste processo. O PCN para o Ensino Fundamental, atribui aos tópicos corpo, sexo, sexualidade a condição de tema transversal, porém, infelizmente, são poucos trabalhados pelos educadores.

             A primeira educação sexual tem seu início nos primeiros contatos da mãe com o bebê, e em seguida ao adentrar na escola. Neste caso, o professor/a de educação infantil deve ter cuidado, pois são as experiências que marcam a existência do EU infantil, que está em formação e que vai se fixando na interação com o outro. As atividades e jogos realizados na escola de educação infantil são importantes princípios de diálogo e aprendizagem sobre corpo, gênero e sexualidade. É de grande relevância abordar a temática corpo, gênero e sexualidade, sendo realizada de forma prazerosa e firmar-se em projetos permanente na escola.
2° UNIDADE
7ª AULA - 23/08/16

Advogada agredida por ‘machão’ após palestra em Guarabira.

Marina Ganzarolli, foto Jornal da Paraíba.

Iniciamos a aula sobre um episódio que aconteceu depois do Simpósio de Educação e sexualidade, na cidade de Guarabira. Segundo o Jornal da Paraíba – o portal de notícias da Paraíba. “Advogada agredida por ‘machão’ após palestra em Guarabira”. Marina Ganzarolli, advogada, mestra em sociologia jurídica (USP) e co-fundadora da DeFEMde - Rede feminina de Juristas, de São Paulo, esteve na Paraíba, para o Simpósio de Educação e Sexualidade, que ocorreu na UEPB, Campus III, Guarabira. E foi mais uma vítima da violência machista e homofobica. Segundo relato que publicou em sua página no Facebook, foi covardemente agredida por um homem em um bar na cidade de Guarabira, onde estava comemorando o encerramento do evento da UEPB do qual foi conferencista convidada. Marina realizou palestra no Simpósio, promovido pelo Coletivo Formiga. Abordou sobre o machismo, cultura do estrupo, violência contra a mulher. Após dar a sua contribuição as atividades no Campus III, a advogada foi comemorar o sucesso de sua participação. Conduziu-se ao Bar Sampa na companhia de estudantes e organizadoras do evento. E foi nesse bar que se viu assediada, juntamente com as jovens, com as quais conversava sobre as relações homo afetivas. Um dos importunos que estava em mesa ao lado deu um tapa no rosto de Marina, porque ela questionou a atitude dele, que ficou rindo e encarando fixamente as mulheres, em aberta atitude de deboche e provocação.
O caso foi parar na polícia, onde Marina tentou registrar o BO, mas na delegacia o escrivão fez “corpo mole” para registrar, argumentando que era melhor o problema ser resolvido na base da conversa e ainda perguntou ao agressor se ele não se sentia irritado por estar sendo denunciado. Todos os detalhes do lamentável episódio, podem ser lidos no desabafo da justa indignação de Marina Ganzarolli escreveu o Facebook, reproduzido originalmente na Paraíba pelo Portal Mídia, de Guarabira, em matéria assinada pela Jornalista Michele Marques.
É um acontecimento que deve ser discutido pois, apresenta preconceitos que, infelizmente ainda ocorre na nossa sociedade. É muito triste nos depararmos com situações como estas, o povo ainda vive com pensamentos “bloqueados”, sem discernimento sobre as divergências sociais.
 

quinta-feira, 25 de agosto de 2016

6ª AULA
09/08/16

Margaret Mead: das tribos primitivas a revolução sexual feminina

Esta foi uma aula maravilhosa, norteada por perguntas relacionadas ao texto “Margaret Mead: das tribos primitivas a revolução sexual feminina” publicado em literatura por João Pedro Lobato.
A primeira questão para discutir o texto inicialmente foi; porque Margaret Mead escandalizou a sociedade na década de 20? Ela escandalizou porque abriu portas para falar sobre sexualidade, e nesta época não era abordado este assunto. E sua vida não era tradicional, ela quebrou os paradigmas ditos como normais e foi viver de acordo com o que queria, sem importa-se com as opiniões alheias. Tinha vida própria. Era muito avançada para seu tempo. Pois, na década de 20, tudo era controlado, limitado, guiado por tradições. E aqueles/as que não seguiam, eram tratadas com indiferença e taxados pela sociedade.
A segunda questão; o que vocês pensam sobre as descobertas de Margaret Mead? Foram descobertas ótimas, de grande relevância para enriquecemos nosso conhecimento e quebrar preconceitos que foram sendo pregados pela sociedade. O livro “Sexo e temperamento em três sociedades primitivas”, foi um estudo muito proveitoso, analisando grandes descobertas das três tribos. Verificando que na primeira tribo, os homens como as mulheres eram de temperamento pacifico. Na segunda tribo os dois gêneros já tinham uma atitude guerreira. A terceira, examina-se o caso mais surpreendente, os homens passavam a maior parte do tempo a embelezasse para ficarem bonitos, perdendo tempo com coisas superficiais, enquanto as mulheres trabalhavam duro – o avesso do que era popular ocorrer em ideias do século XX, no mundo ocidental. Foram descobertas distintas, com elas podemos perceber que nenhuma sociedade é igual a outra, cada uma tem sua singularidade e dentro de cada sociedade existe grupos com suas individualidades, que devem ser valorizadas e respeitadas. A pesquisa de Margaret serve para observamos com cuidado nossa sociedade, e analisamos com outros olhos.
Com seus estudos nas tribos, percebeu que a mudança da infância para a adolescência era realizada com calma, sem sintomas da angustia ou confusão tão tradicionais no Ocidente. Margaret Mead, descreveu a maneira como as jovens mulheres samoanas tinham o costume de tardar o casamento por muito tempo, de forma a aproveitar do sexo ocasional. Só depois de se casarem é que queriam ter filho.
A terceira questão para debate; investigue se há diferenças de condições de homens e mulheres em sua comunidade, local de trabalho, família etc. Com está, relacionamos também a pergunta do texto seriam as diferenças entre o homem e a mulher meramente biológicas? Diante da leitura do texto e de nosso cotidiano podemos perceber que as diferenças entre homens e mulheres não são meramente biológicas. E que existe grandes diferenças, ainda, infelizmente impregnada na sociedade. A mulher já conseguiu muito espaço na sociedade, o que antes não era permitido, como por exemplo em cargos políticos, mas ainda tem muito o que ser revolucionado.
A quarta questão para reflexão; como se sentem como futuros/as pedagogos/as diante das novas configurações de família que encontramos hoje? Como futuros pedagogos temos que estar preparados para lidar com as situações que vierem a surgir, em relação a família sabemos que hoje há uma grande diversidade na formação da mesma, apesar de que a sociedade de hoje não é como a de antigamente e com a família não é diferente, ou seja, não é composta apenas por pai e mãe e filhos, a família atualmente é composta por crianças que moram com os avós, pais que criam seus filhos sozinhos exercendo muitas vezes os dois papeis, mulheres que são mães solteiras,  por casais heterossexuais que não podem ter filhos e adotam, por casais homossexuais que adotam filhos, entre outros casos. A escola tem um papel importante em relação as orientações ao professor voltadas a família, pois muitas vezes realiza eventos a exemplo: Comemoração do dia das mães e dos pais, tais festividades excluindo a diversidade familiar, cabendo a mesma rever as relações com as famílias que atende, buscando desenvolver propostas que valorizem e respeitem o novo perfil da família.



terça-feira, 9 de agosto de 2016


5ª AULA
02/08/16

Síntese do texto: Mitos e crenças sexuais: uma questão cultural

           
O texto aborda, concepções sobre sexualidade e representações quanto aos mitos e crenças sexuais. Destacando uma pesquisa qualitativa, tratando de opiniões de diversas pessoas, algumas ultrapassando preconceitos e concepções tradicionais, e outras ainda possuindo padrões e crenças antigas e tabus associados ás questões que envolvem a sexualidade.
Um dos problemas apontados pela autora em seu texto é sobre a ignorância no que diz respeito a sexualidade humana, a visão preconceituosa de muitas pessoas ao se discutir este assunto. As pessoas sofrem grande dominação da cultura em que estão inseridos, e vem criando impedimento para a apresentação da sexualidade com acessibilidade e clareza.
Ao longo do tempo foram surgindo e sendo expressados e repassados pela sociedade mitos e crenças sexuais, os quais foram grandes geradores de problemas. Tais como: preconceitos e traumas. Em consonância com as ideias de Costa (1986) diz que ao nascer a criança começa a ser moldada para conviver de acordo com a sociedade, a cultura e a família a que pertence. Sendo assim, aprende a atuar de acordo com o que lhe é moldado.
Observa-se diariamente que nas conversas entre pais e filhos são poucos os discursos de esclarecimento, o que causa fragilidade de informações. Ocasionando ideias limitadas sobre o assunto.
A autora salienta ideias sobre sexo e sexualidade, virgindade, homossexualismo, prazer x tamanho do pênis, esterilização definitiva x prazer sexual, masturbação, gravidez x período menstrual, ressaltados como foco para a pesquisa. Os resultados da pesquisa servem para ampliar nosso conhecimento referente a sexualidade humana, frisando assuntos de grande importância para a nossa vida tanto profissional como pessoal, pois nascemos em uma sociedade onde este tema não era debatido abertamente, era cheio de lacunas e na maioria das vezes não podia ser falado e diante disso foi sendo fortificado os mitos e crenças sexuais.
A autora conclui que a sexualidade é o conjunto de manifestações da vida sexual que abrange sentimentos unidos a sensações, emoções, afetos e comportamentos que ligam as pessoas.


4ª AULA
26/07/16
Síntese: Quando sexo, gênero e sexualidade se encontram


Destacando o texto “Quando sexo, gênero e sexualidade se encontram” do Profº André Sidnei Musskopf. O texto aborda “desconstruções” sobre sexo, gênero e sexualidade, ressignificando ideias de discursos normativos que a décadas vinha sendo construído pela sociedade. Inicialmente o autor ressalta definições básicas sobre sexo (dado físico-biológico, marcado pela presença de aparelho genital e outras características fisiológicas que diferenciam os seres humanos, e também o código genético), gênero (dado social, formado por várias regras e padrões de construção corporal e comportamento que configuram a identidade social das pessoas a partir da base físico-biológico), sexualidade (dado sexual, que se define pelas práticas erótico- sexuais nas quais as pessoas se envolvem). Em continuidade informa, “ Do Feminismo à teoria Queer”, ressaltando os estudos feministas, ao incorporarem as categorias de gênero, estabelecem um instrumento capaz de questionar, os padrões patriarcais que definem o que significa ser “mulher” e consequentemente colocaram em questão o que significa ser “homem”. O que gerou grandes discussões e analises neste enfoque, mexeu com opiniões de muitas pessoas. Gerando conflitos de ideias e ideais.

Buscando libertação de padrões opressores baseados em normas de gênero. A teoria Queer, deu um passo além das análises de gênero, tornando a sexualidade um assunto de relevância em vários discursos e em diversas áreas. No decorrer destes estudos quer-se revelar como a vida social, política, econômica, cultural e religiosa, está organizada a partir de um padrão heterocêntrico, no qual a maioria das pessoas não se encaixam, propondo uma outra alternativa a partir da experiência de vivencia não-heterossexuais. É um estudo muito importante que quebra os princípios estruturados pela cultura do macho e fêmea.
3ª AULA
12/07/16
Mitos e Crenças sobre a sexualidade



Abrindo o estudo com o assunto “ Mitos e crenças sobre a sexualidade”, foi uma conversa bastante rica, cheia de novos conhecimentos e esclarecimentos de dúvidas frequentes acerca da questão em destaque.
A nossa sociedade é, ainda, muito marcada por mitos e crenças relacionados com a sexualidade, que foram limitando-se ao passar dos anos, é um reflexo de uma tradição social que se foi produzindo ao longo do tempo, essa tradição se tornou em verdade indiscutíveis, e diante disso, devemos buscar constantemente questiona-las e desmitifica-las.
Algumas ideias preconcebidas:
·         Sexo durante a gravidez machuca o feto;
·         Só engravida com penetração;
·         Pé e mão grande são sinais de pênis grande;
·         Ter relação sexual na água não engravida;
·         Tamanho do pênis tem relação com o ato sexual melhor;
·         Homem gosta mais de sexo do que a mulher;
·         Ficar de cócoras depois do sexo não engravida;

Observações acerca da temática em estudo. Vivemos ainda num mundo em que as experiências sexuais precoces são bem vistas nos rapazes, enquanto nas moças é valorizada a castidade, evitando a sexualidade feminina até o casamento. Tradicionalmente e historicamente a imagem da mulher deve ser de pureza, deste modo é repassada a mulher a ideia de que só pode se relacionar sexualmente com quem ama. A falta de conhecimento sobre a sexualidade é uma realidade muito presente na nossa sociedade apesar de tanta modernidade.
Outro ponto importante na discussão, é o “ser homem” e “ser mulher “hoje. Os pais, como primeiros e importantes agentes de socialização, cooperam de forma significativa para que os seus filhos aprendam deste de cedo, representações sobre a diferença, muitas vezes exageradas, entre homens e mulheres. Estas representações são encontradas até mesmo nos brinquedos, como os bonecos lutadores, fortes com que brincam os meninos e as magras e delicadas bonecas com que as meninas brincam. E caso, um ou outro mudem de brinquedo, os pais reclamam e colocam para as crianças brincarem daquilo que eles querem e acham o correto. Bloqueando a imaginação da criança e moldando um ser humano limitado. As crianças crescem a ouvir dizer também, que os homens não choram, não usam maquiagem, e que as mulheres não sabem sobre carros, não podem ser motoristas, entre outros discursos que negligenciam o entendimento da criança acerca da sexualidade. Estes padrões tradicionais influenciam muito a socialização das crianças e as suas crenças sobre gênero. Devemos ressignificar estas ideias, buscando proporcionar novos conhecimentos, estimulando o questionamento por meio da investigação, na busca por informações.
Em continuidade, ressalto o Vídeo: “ Amanda e Monick”, (Barra de São Miguel). Vídeo de extrema importância para quebramos tabus sobre gênero. É apresentado, o casal – Monick (travesti) casada com uma lésbica. Para a sociedade não teria possibilidade de acontecer, já que ambos deveriam gostar do mesmo sexo, pois são homossexuais. Por isso, é importante este estudo para ressignificamos o discurso que a muito tempo vem sendo pregado pela cultura. É de grande relevância destacar, que como educadoras ficamos muito felizes em saber que podemos ter contato com um vídeo que provoca um debate em defesa dos direitos individuais, o qual cada pessoa é livre para viver e buscar sua felicidade. O vídeo também é uma reflexão para combate a homofobia e contribuindo para uma reavaliação sobre gênero.

É impressionante saber dessas histórias tão singulares, encaradas de uma maneira tão simples como foi exposto no vídeo. Dois travestis vivem realidades diferentes. Amanda é professora, e Monick trabalha como prostituta. Amanda desde de pequena foi apoiada pela família, mesmo sendo ainda de maneira limitada. 

2ª AULA
05/07/16

Conceitos Iniciais 

Nesta aula, iniciamos a discussão refletindo o conceito de sexualidade, o qual analisamos e entendemos, sendo um termo que se refere a sensações, desejos, sentimentos e emoções relacionados a nossa energia sexual. Desta forma, não se delimita ao ato sexual propriamente dito, muito menos as relações ditas “normais”, penetradas por valores determinados pela sociedade. Sobre isso, aliás, percebemos que muitos problemas de relacionamentos e autoaceitação e até mesmo casos de agressões, estão associados à pressuposta ideia de que existe uma única conduta correta de lidar com a sexualidade do sujeito, muitas vezes incluindo relações de poder.
Em continuidade da aula, discutimos sobre “A sexualidade na infância e na adolescência”. Mudanças psicológicas e biológicas ocorrem no organismo dos seres humanos, principalmente na transição dos períodos infância e adolescência, surgindo também o interesse sexual e afetivo, conflitos, insegurança, timidez. É um período de descoberta e exploração, tanto física como mental. É uma fase de grande investigação.

Diante desta temática, qual a função da escola ao discutir orientação sexual? Em consonância com os PCN’s, a escola tem compromisso com a formação integral do ser humano e a sexualidade é parte importante dessa formação. É na escola que ocorre a intervenção pedagógica que favorecerá a reflexão e o debate, permitindo ampla liberdade de expressão, num ambiente acolhedor e clima de respeito. E a postura do educador neste enfoque? É de grande relevância a preparação de profissionais na tarefa de formação de valores positivos, discussão de posturas preconceituosas, levando ao aluno refletir e analisar tais posturas. 

segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Apresentação

O vigente blog apresentará sínteses e reflexões das aulas de educação e sexualidade, desenvolvendo analises e observações acerca da temática em questão. E diante disso, as contribuições que pretendemos deixar para os nossos leitores é que a sexualidade não é um tema que deve-se ter medo de ser discutido ou debatido, mas sim necessita ser visto como uma nova possibilidade da junção de opiniões existentes, de forma que visem uma melhor compreensão deste assunto. Assim o conteúdo do blog, pode ser útil na missão de informar ao público em geral quanto à sexualidade, e também auxiliar na quebra de tabus, preconceitos, estereótipos e decisões equivocadas que ainda insistem em ser difundidos no senso comum, ou pelo menos gerar reflexões sobre o assunto. Leia e conheça nossas sínteses e reflexões.