terça-feira, 27 de setembro de 2016




No 20 de setembro de 2016 no mine auditório do Campus Universitario Osmar de Aquino na cidade de Guarabira-PB, estivemos reunidos para a nossa 1ª conferência de Educação e Sexualidade, sob as Orientações da Professora Ana Raquel de França. A mesma nos motivou e proporcionou a oportunidade de dialogar temáticas de nosso interesse, trazendo propostas para apresentar em conferência com os colegas da turma. Neste primeiro encontro foram apresentados quatro temas que serão apresentados abaixo:


Acadêmicas: Janielly Kaline e Thays

1) Gênero e Sexualidade no Cotidiano Escolar
As meninas iniciam sua apresentação trazendo conceitos do que seja Gênero e Sexualidade, mostrando que no cotidiano escolar se faz necessário trabalhar os conceitos de forma contextualizada, trazendo para o contexto dos alunos, na realidade que os alunos estão inseridos.
            É discutido que desde a gestação os pais definem a cor do enxoval da criança de acordo com o sexo do bebê.
            A escola precisa ressignificar o ensino e as práticas de Orientação da sexualidade de forma preventiva e sem preconceitos. Assim necessita repensar ponto em relação ao seu papel social.
Dicas para a Escola:
·         Procurar meios acessíveis “O lúdico”,
·         Trabalhar com respeito a opinião e gosto do outro,
·         Ter continuidade do trabalho na escola,
·         Discutir sem reprimir,
·         Estudar sexualidade na escola é quebrar tabus.

“Sexualidade é falar a própria vida”

            O professor precisa se desprender de sues costumes conservadores, para as questões ligadas a sexualidade e gênero, a formação doente é fundamental para que ocorra um trabalho construtivo, muitos desafios irão surgir e o professor deve estar preparado para lidar com situações cotidianas que vierem a surgir.
É importante que o educador estenda seus conhecimentos de modo que seja orientador, sem deixar manifestar suas concepções e valores pessoais, não deixando que seus pensamentos religiosos ou culturais interfiram na orientação e ou em sua relação com os alunos.
Essa temática que as meninas trazem é muito interessante e podemos refletir de forma clara e objetiva suas propostas. A escola, enquanto espaço de práticas sociais e pedagógicas constituidoras de mecanismos que criam e recriam formas diversas de relações de poder, precisa debater sobre as implicações das relações de gênero e sexualidade nas práticas de inclusão/exclusão de seus/suas alunos (as), tanto nos processos de ensino-aprendizagem, como nos de acesso às condições de possibilidade a todas outras formas de promoção social. É urgente a necessidade de estudos e reflexões sobre esses temas, sobretudo no princípio de que os corpos são continuamente produzidos, significados e ressignificados na e pela cultura, e que a escola se constitui como uma dimensão importante dessas produções. Excelente discussão, lembrando que cada um que se fez presente pode interagir com a apresentação aí estão alguns resultados:


Um momento de grande proveito que cada pessoa apresentou seu desenho acerca da temática em estudo. 





Acadêmicas: Ana Paula e Vanderleia Lima

2) Bullying Homofóbico
            O início da apresentação se deu através dos conceitos dos termos Bullying e Homofobia, com a junção dos dois conceitos formou-se o bullying homofobico que ocorre dentro da escola.
O que é Bullying? é um termo da língua inglesa (bully = “valentão”) que se refere a todas as formas de atitudes agressivas, verbais ou físicas, intencionais e repetitivas, que ocorrem sem motivação evidente e são exercidas por um ou mais indivíduos, causando dor e angústia, com o objetivo de intimidar ou agredir outra pessoa sem ter a possibilidade ou capacidade de se defender, sendo realizadas dentro de uma relação desigual de forças ou poder.
No Brasil, usamos o termo para designar situações de agressões ou implicâncias intencionais feitas, constantemente, nas escolas, por um aluno – ou grupo – contra um ou mais colegas.
Compreendendo o termo Homofobia? Homofobia significa aversão irreprimível, repugnância, medo, ódio, preconceito que algumas pessoas, ou grupos nutrem contra os homossexuais, lésbicas, bissexuais e transexuais. Logo o Bullying Homofóbico é o ato de homofobia, caracterizado por atitudes de preconceito que a sociedade impõe por não aprovar a opção sexual do outro, esse preconceito está ligado ao contexto familiar e social que está inserido, e pode ocorrer verbalmente ou fisicamente. Os danos que a pessoa sofre pode causar tristeza, mudança de comportamento, medo e até desistência no caso do ambiente escolar e causa evasão escolar.
De acordo com a pesquisadora Mirian Abramavay 45% dos meninos e 15% das meninas não querem ter amigos homossexuais. Mirian, que é coordenadora da área de Juventude e Políticas Públicas da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flasco), afirma que a maioria dos jovens brasileiros ainda tem atitude bastante preconceituosa em relação á orientação e práticas não heterossexuais.
Esse tipo de violência não ocorre apenas em escolas, ela pode acontecer em casa, entre vizinhos, no condomínio, no prédio onde a criança mora ou em qualquer outro local que ela frequente. Uma das grandes causas desse preconceito é a falta de informação, as ignorâncias sobre o tema justificam esse problema de mais da metade da população do Brasil. O nível de escolaridade influência o preconceito, 55% dos brasileiros sejam contrários à união estável para casais do mesmo sexo.
A escola precisa repensar suas práticas um fato que podemos citar como exemplo a divisão que ainda existe em muitos colégios, onde meninas são separadas dos meninos na aula de educação física e só podem realizar alguns tipos de atividades: menina não joga futebol e menino não joga vôlei. E o educador tem uma parcela de culpa por essa diferenciação, o/a professor/a deve suprir as necessidades dos alunos, o que não se aprende em casa é dever do mesmo tentar ensinar. Assim, ao contrário do que muitos acreditam, o papel do professor é extremamente importante na ruptura das agressões e na manutenção do respeito dentro e fora da sala de aula. Trazer a diversidade para dentro da escola e fazê-la ser respeitada é indispensável à manutenção dos direitos humanos, professores não ignorem a diversidade de sua sala de aula.
Atualmente nos deparamos com a grande necessidade de tornar todos os profissionais de educação, e não só os professores, entendedores de todos os temas que envolvem a questão de identidade de gênero, de orientação sexual e de tudo que isso envolve, além da necessidade de inclusão do tema nos livros didáticos, o que abrange as novas configurações familiares.
Teremos uma postura diferente, pois através da disciplina podemos aprofundar nossos estudos acerca dessa temática e assim a oportunidade desenvolver nossas novas práticas.

No link abaixo confira a notícia:
http://www.pragmatismopolitico.com.br/2016/07/menino-morre-em-sala-de-aula-durante-sessao-de-bullying-homofobico.html



Acadêmicas: Cinthya e Janielly Oliveira
3) Sexualidade na terceira idade: Quebrando Tabus.
A discussão da temática originou-se a partir da sexualidade como parte importante da vida de todos nós, independentemente da fase em que estamos. Trazendo conceitos iniciais e abordando que na terceira idade, uma vida sexualmente ativa pode ser fator de equilíbrio físico e emocional, trazendo maior sensação de bem-estar e melhor saúde.
Entretanto, a sociedade ainda vê a sexualidade na terceira idade como um tabu, algo reservado aos mais jovens. As mudanças consequentes da crescente presença do idoso em nossa sociedade exigem uma nova postura. Observa-se, sobretudo no senso comum, uma visão limitada sobre a velhice. Um dos aspectos relacionados ao idoso mais negligenciado refere-se a sua sexualidade, que, historicamente, esteve impregnada de mitos e preconceitos responsáveis pela construção de uma concepção negativa e pela negação da sexualidade do idoso.
É importante ressaltar que, apesar das controvérsias, assim como o homem, a mulher independentemente de sua faixa etária, consegue sentir prazer e se realizar durante a prática sexual.
Esse assunto é muito importante para todos, hoje os jovens serão os adultos e idosos de amanhã, e as informações aqui apresentadas pelas meninas é muito valiosa, nós futuros professores pedagogos podemos atuar em centros de idosos e salas de EJA (Educação de Jovens e Adultos), podendo ser uma oportunidade de reflexão para professores e alunos desta modalidade de ensino, sabemos que falar de sexualidade ainda é vista de forma preconceituosa por muitos.



Acadêmicas: Giselly e Valquiria (Blogueiras)
4) A Influência da mídia na sexualidade da criança e do adolescente e o posicionamento da escola.

1. INTRODUÇÃO

            A referente pesquisa abordará a influência da mídia na sexualidade da criança e do adolescente e o posicionamento da escola. Com o objetivo de refletir o papel da escola acerca dessa temática, discutindo as relações que se dão entre as mídias e a formação do pensamento das crianças e adolescentes, bem como as influências das propagandas visuais, auditivas entre outros meios que trazem informações.

2. A INFLUÊNCIA DA MÍDIA NA SEXUALIDADE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE E O POSICIONAMENTO DA ESCOLA.

Já reparou como a mídia vem sendo o principal meio de conduta da sexualidade precoce e de grande influência, espalhando temas e cenas relacionadas à sexualidade?



2.1 CONCEITUANDO: O QUE É MIDIA?

Quer dizer meio. Ampliamos seu significado para meios de comunicação de massa, ou seja, qualquer veículo que leve informação a um grande número de pessoas. Não apenas rádio, TV, jornal e revista, mas também os out-doors, os baners no metrô, as propagandas na traseira dos ônibus e até aquela folhinha com fotos eróticas que fica pendurada na oficina mecânica. Em tudo há uma informação. Exemplo: Os pais tornam a televisão uma babá eletrônica das crianças, que passam a ficar horas e horas inativas, quietas, sentadas ou deitadas na frente do aparelho, sem atividades lúdicas, motoras e sociais.
A televisão tem o poder de formar a identidade dessa criança, pois a relação de dominador que a TV tem sobre o receptor- a criança- tende a fazer que ela imite comportamentos e atitudes transmitidos pelos programas e propagandas da televisão.
Muitas músicas seguem no mesmo caminho. Têm um forte apelo sexual, falam da mulher como um objeto para satisfação do homem, de homens que exibem dinheiro e esbanjam prazer, banalizando a sexualidade. E são um sucesso...
As crianças e jovens são atraídas pelo ritmo e não sabem avaliar o tipo de música que devem ou não ouvir. Exemplos: Música do momento: Bumbum Granada
MCs Zaac e Jerry,  Melô da Mulher Feia - DJ Marlboro.
A mídia está aí, com um potencial enorme para trazer informações e influenciar crianças, jovens e adultos, seja de forma positiva, com debates, reflexões, programações que promovam discussões em casa, na escola ou na roda de amigos, ou seja, de forma negativa. Seja qual for sua mídia favorita – o que importa é fazer escolhas conscientes e questionar sobre o que assistimos, ouvimos ou lemos, antes de simplesmente “ir na onda” do senso comum.
A mídia se torna uma formadora de opiniões, e a criança passa a entender as coisas da forma que é colocada. A forma que a sexualidade é colocada para essas crianças e adolescentes geralmente não é de forma educativa e com restrições para cada idade.
A grande oferta de produtos pornográficos em qualquer banca de revistas ou locadora de vídeos, a exposição exagerada do corpo, principalmente do feminino, os programas televisivos e a banalização da sexualidade tem dificultado a tarefa de educar.

3. O PAPEL DA ESCOLA NA SEXUALIDADE

De acordo com o PCNs de Orientação Sexual:
A escola, ao definir o trabalho com Orientação Sexual como uma de suas competências, o incluirá no seu projeto educativo. Isso implica uma definição clara dos princípios que deverão nortear o trabalho de Orientação Sexual e sua clara explicitação para toda a comunidade escolar envolvida no processo educativo dos alunos. (Pag. 227)
Ao tratar de tema associado à tão grande multiplicidade de valores, a escola precisa estar consciente da necessidade de abrir um espaço para a reflexão como parte do processo de formação permanente de todos os envolvidos no processo educativo. (Pag. 227)
O papel da Escola é abrir espaço para que a pluralidade de concepções, valores e crenças sobre a sexualidade possa se expressar. O trabalho de orientação sexual, compreende a ação da Escola como complementar à educação dada pela família.
O professor, mesmo sem perceber, transmite valores com relação à sexualidade no seu trabalho cotidiano, inclusive na forma de responder ou não às questões mais simples trazidas pelos alunos. Espera-se que... A escola aborde as repercussões de todas as mensagens transmitidas pela mídia, pela família e pela sociedade, com as crianças e os jovens.
Trata-se de preencher lacunas nas informações que a criança já possui e, principalmente, criar a possibilidade de formar opinião a respeito do que lhe é ou foi apresentado. A escola, ao propiciar informações atualizadas do ponto de vista científico e explicitar os diversos valores associados à sexualidade e aos comportamentos sexuais existentes na sociedade, possibilita ao aluno desenvolver atitudes coerentes com os valores que ele próprio elegeu como seus.

Considerações Finais
A mídia é grande influenciadora na formação da identidade da criança e do adolescente, os mesmos precisam de orientação a respeito da temática. Sendo assim, a educação e orientação sexual acabam influenciando os valores, que devem ser aceitos e construídos culturalmente.
            A escola tem uma responsabilidade, realizando um trabalho pedagógico, que vise diferentes pontos de vista, promovendo um ambiente acolhedor que possibilite o desenvolvimento da personalidade da criança, pois elas recebem informações carregadas de emoções e valores e vão construindo sua história. Tornando importante que a escola favoreça um conhecimento reflexivo a cerca da temática.

Referências
MIDIA X SEXUALIDADE: O que você assiste, ouve e lê também interfere no seu jeito de agir e pensar. Disponível em: http://www.agenciajovem.org/wp/na-sexualidade-o-que-voce-assiste-ouve-e-le-tambem-interfere-no-seu-jeito-de-agir-e-pensar. Acesso em 18 de set de 2016.
Sexualidade na escola. Disponível em: ptslidesshare/leandrofuzaro.com. Acesso em 17 de set de 2016.
Parâmetros curriculares nacionais: Orientação Sexual/Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Disponível em: portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/orientação. Acesso em 18 de set de 2016.




Fotos das apresentações:












DESTAQUE: QUEM É MOANA?

      Moana: Um Mar de Aventuras é um filme de animação por computador produzido pela Walt Disney Animation Studios e distribuído pela Walt Disney Pictures. Ele está programado pela Disney para ser o 56º filme de animação da Disney, com estreia em 23 de novembro de 2016. Originalmente descrita como uma "aventura mítica definida a cerca de 2000 anos atrás, e através de uma série de ilhas do Pacífico Sul.", o filme vai acompanhar a viagem de uma adolescente espirituosa chamada Moana enquanto ela navega no Oceano Pacífico para completar a sua "busca dos antepassados".
      O filme será dirigido por John Musker e Ron Clements, que eram ambos os diretores da Aladin, A pequena sereia e A princesa e o sapo. O filme está a ser trabalhado por Mark Mancina, que compôs trilhas para O Rei Leão, Tarzan e Irmão Urso ao lado dele, Dave Metzger vai realizar e organizar uma orquestra que vai executar a trilha sonora.
No Brasil, a estreia do filme será lançado em 5 de janeiro de 2017.

Conteúdo

        Três mil anos atrás, os maiores velejadores do mundo viajaram por todo o vasto Pacífico Sul, descobrindo as muitas ilhas da Oceania. Mas então, por um milênio, suas viagens pararam - e hoje ninguém sabe por quê.
       Moana, uma adolescente aventureira e espirituosa que navega para fora em uma ousada missão de encontrar uma ilha encantada e cumprir sua busca inacabada de seus antepassados. Durante sua jornada, ela se encontra com o outrora poderoso semideus Maui (voz de Dwayne Johnson), e, juntos, eles atravessam o oceano aberto em uma viagem cheia de ação, encontrando enormes criaturas de fogo e probabilidades impossíveis. A primeira princesa Polinésia –  Moana. E não é só a etnia dela que será diferente, a personalidade desta princesa irá te impressionar, pois é aventureira, navegadora e incrivelmente corajosa. 


terça-feira, 13 de setembro de 2016

9ª AULA
06/09/2016

Sexualidade Infantil: Pedofilia e Abuso sexual

            Introduzimos a aula com o estudo do texto abaixo, e com a junção da participação e relato dos alunos/as sobre casos de pedofilia e abuso sexual infantil, cada um partilhava histórias e casos distintos que aconteceram em vários lugares, na cidade, trabalho ou até mesmo na família. Servindo para analises e reflexões acerca do contexto social em estamos inseridos e das formas como podemos lidar com tais situações.

“Entre smarphones e tablets: Pedofilia, pedofilização e erotização infantil na internet”.


O texto apresenta analises a respeito do progresso da tecnologia, especificamente, o ingresso da criança no meio da internet. Mostrando o trauma moral relacionado a maior visualidade de pedofilia. A expansão do acesso à internet pelas crianças tem facilitado o abuso sexual, o que é preocupante.
Inicialmente, os autores destacam a origem do termo pedofilia, o que deriva das combinações de paidós (criança em grego) e philos (amante, que gosta de). Sendo assim, pedófilo é a pessoa que é amante de criança. É considerada doença, constante do Código Internacional de Doentes (CID), da Organização Mundial de Saúde. A pedofilia enquanto prática social sempre esteve presente na história da humanidade, porém com o surgimento da internet passou a ter maior perceptibilidade, ocasionando uma maior organização por parte de grupos pedófilos. Um ponto para ser destacado é o acesso das crianças na internet, e na maioria das vezes as famílias não tem conhecimento do que as crianças estão acessando, isto é um grande desafio, mas não podemos deixar passar despercebido.
Outro caso, abordado pela autora e pesquisadora JANE FELIPE (2008, p.38) é a pedofilização, usado para descrever a exibição dos corpos infantis, tidos como objetos de desejo e de consumo, especificamente, os corpos femininos. Tal fenômeno pode ser encontrado nos artefatos culturais, na publicidade, na moda, nas músicas, na literatura, nos filmes.
Referindo-se ao erotismo, em sua origem etimológica, deriva do grego Eros, deus do amor. Hoje, refere-se a comportamentos ou imagens induzidas e remetidas ao sexual. Na atualidade, o sexo, a nudez, a pornografia e o erotismo são demonstrados por meio de várias estratégias, quer seja ela na literatura, na música, etc. Todavia, tais assuntos são omitidos quando o foco é a educação sexual das crianças, seja na esfera familiar ou escolar.
Cabe destacar que a internet está se modernizando e em consequência disso, se tornando mais acessível para todos, podemos perceber isso ao fato das crianças e adolescentes de várias faixas etárias passarem a maior parte do tempo conectados ao mundo digital. O virtual está cada vez mais presente na vida das crianças e adolescentes. Estes estão cada vez mais cedo fazendo uso de tais artifícios. Com rapidez e um simples clique, várias informações ficam abertas para qualquer público, nos quais o corpo e a sexualidade estão presentes e acessíveis em diferentes maneiras. Hoje a maioria das crianças e adolescentes constrói suas amizades virtualmente. Os encontros com os grupos de amigos/as deixaram de ser na casa de fulano ou cicrano e passou a ser realizado virtualmente em salas de bate-papos, facebook, whatsapp, ou sites de relacionamento.
A respeito desta realidade, os debates referentes ao que é considerado ou não pornográfico foram se fortalecendo, mas ainda estão sendo raros em alguns casos. Com a centralização do acesso à internet, ocasionou maior visualidade das questões referentes a pornografia infantil e pedofilia. Com isso, aumentou o número de denúncias e fez surgi novas regulamentações voltadas as práticas sexuais e sua divulgação nos ambientes virtuais.
Destacamos que no nosso país, o cresceu o número de denúncias e relatos de casos de pedofilia estando em primeiro lugar do ranking mundial, e diante de investigações, atestar-se que o uso da internet tem sido uma das principais ferramentas utilizadas por pedófilos para ter contato com crianças e adolescentes. Ainda, encontram-se na internet alguns sites de jogos que se autodeclaram como jogos infantis, mas é possível perceber que muitos possuem links de acesso para páginas eróticas e/ou conteúdos pornográficos e salas de bate papo.
No entanto, apesar dos significativos avanços com a ampliação de pesquisas e matérias disponíveis para a educação sexual das crianças, este tema ainda tem sido debatido de maneira pequena tanto na prática, como na formação docente. Na presença do que foi exposto, é necessário intensificar os estudos nos espaços de formação como nos educativos.
As autoras disponibilizam alguns links de sites que apresentam subsídios para que educadores/as possam ampliar e aprimorar as ações educativas relacionadas a educação para o uso das novas tecnologias especificamente à internet.
Está claro que estamos diante de um enorme desafio, não devemos ser meros expectadores diante deste problema que nos afronta. Espero que este texto traga novos horizontes, para juntos podermos combater a pedofilia. Para que juntos possamos trabalhar e fazer com que as investigações, pesquisa e projetos não parem por conflitos já ultrapassados.

Referência:
PRESTE, Liliane Madruga. FELIPE, Jane. Entre smarphones e tablets: pedofilia, pedofilização e erotização infantil na internet. Pesquisa em Foco, São Luís, vol. 20, n.2, p. 4-20. 2015. ISSN; 21760136


“As crianças podem representar em desenhos ou até mesmo em suas brincadeiras o abuso”.
Imagem: Google

Este desenho é exemplo de uma representação de abuso sexual infantil. Muitas vezes, as crianças revelam seus sofrimentos, seus anseios, seus medos na rotina das instituições de educação infantil por meio de muitas linguagens, como o desenho, as brincadeiras, os jogos de faz de conta, onde aparecem conteúdos de ordem sexual e de abusos, geralmente, por parte daqueles que tem a responsabilidades de protegê-los. Reproduz uma realidade que necessita de atenção, pois uma criança abusada tem seu desenvolvimento comprometido. Superar um trauma se torna o desafio mais difícil da vida desta criança e o estresse a que ela foi submetida, pode deixar uma marca eterna na estrutura e função do seu cérebro que ainda está em formação.







terça-feira, 6 de setembro de 2016

RESENHA CRÍTICA DO FILME: Spotlight – Segredos Revelados


O Filme Spotlight – Segredos Revelados, é baseado em fatos reais, faz uma forte crítica a igreja católica e apresenta uma narrativa detalhada a respeito de uma investigação jornalística, que constatou e revelou ao público os abusos sexuais cometidos por padres. O filme trata de um grupo de jornalistas que fazem investigações sobre padres que importunaram crianças. Ao longo do filme os/as personagens/as vão conhecendo mais vítimas, descobrindo o nome de mais padres envolvidos, fazendo mais entrevistas, descobrindo mais coisas, e vamos nos surpreendendo com tudo isso. É coisa de ficar de boca aberta e até revoltado. Quem deveria proteger é quem faz a violência, o que faz traumatizar as crianças que passaram por isso. Um dos personagens aborda: “não é só abuso físico, mas, espiritual também”.
E é grande a investigação dos jornalistas que expôs a igreja católica, mostrando informações de que a igreja acobertava centenas de casos de abuso sexual de seus sacerdotes contra crianças. O tema é polêmico, é tratado com segurança e imparcialidade. Em algumas sequências os/as personagens/as começam a questionar sua fé e o papel da igreja e da religião no trato social. Denunciando uma situação que já estava tornando-se insustentável. A igreja católica, sempre teve grande influência na sociedade, o que ajudou a esconder vários casos de má conduta sexual por padres. A igreja mudou esses padres de uma paróquia para outra e dentro e fora de vários programas de terapia reparativa, e ainda queria acordos com as vítimas de abuso e eliminou todas as tentativas de publicar a verdade sobre a extensão do abuso.
O filme também aborda a difícil missão de quebrar as barreiras do silêncio que são impostas ao sacerdócio da igreja por um “código canônico” (orienta a manter silêncio e até a encobrir a transgressão para evitar escândalos, buscando salvar e guardar a imagem da igreja e do sacerdócio) e seguidas por outros setores da sociedade, chegando a políticos, polícia, diretores de escolas e até a Justiça do Estado, envolvendo um complexo sistema de interesses que evitam mostrar os escândalos de pedofilia, confirmados dentro da igreja, que se presta a estabelecer uma política do silêncio, negando fatos e protegendo transgressores.
Inicialmente acreditavam que a história era somente de um padre que havia trocado de igreja várias vezes. Porém, através de um homem que lidera uma associação de vítimas, eles ampliam a busca para 13 padres, e com informações de um ex padre que trabalhava com a reabilitação de padres pedófilos, descobrem que o número de padres pode chegar a 90 na cidade de Boston. Após pesquisas, montam uma lista de 87 padres suspeitos e começam a procurar as vítimas. Posteriormente o jornal ganha a ação judicial para que ainda mais documentos venham a público, o time Spotlight finalmente começa a redigir a história e planejam publica-la.
A história é impressa na primeira página com um link para os documentos que expõe o Cardeal Law, e um número de telefone pedindo que vítimas de padres pedófilos os denunciem. Na manhã seguinte, a pequena redação é lotada por ligações de vítimas querendo contar suas histórias.

Com este filme, podemos perceber o quanto a luta dos jornalistas foi grande para desvendar este mistério que há anos é escondido, e diante das observações realizadas durante as cenas do filme, podemos analisar a importância da investigação e dos depoimentos das vítimas, não podemos deixar estas situações passarem despercebidas, devemos denunciar. É triste saber que ainda acontecem situações como as retratadas no filme, infelizmente pessoas que deveriam ser referências para a sociedade, tornam-se aproveitadores.
8ª AULA
30/08/2016
Estudos de Casos

Nesta aula tivemos a oportunidade de realizar estudos de casos, a turma foi dividida em grupos para analisar e tentar resolver os casos relacionando a nossa pratica como pedagogos/as. 

       1° CASO
“NAMORO NAS REDES SOCIAIS”


            Leila é uma menina adolescente de 16 anos que namora com Felipe Eduardo, com 17 anos de idade. Leila é uma menina super antenada nas redes sociais, utilizando todos os recursos tecnológicos de que dispõe para fazer novas amizades e divulgar fatos de sua vida pessoal. Seu namoro com Felipe Eduardo é amplamente socializado nas redes sociais, fato que dá marguem para os pitacos das amigas e amigos. Leila e Felipe trocaram mensagem pelo whatsap e o conteúdo tinha conotação sexual e foi divulgado no grupo de amigas e amigos do Colégio. Isto gerou um enorme constrangimento para Leila, pois muitas pessoas a atacaram de maneira preconceituosa, dizendo que ela não poderia expor sua intimidade desta maneira. Para Felipe, houve maior condescendência, pois para a maioria dos meninos e meninos ele é homem.
O que faria se fosse diretor/a desta escola?


2° CASO
“VIOLÊNCIA DE GÊNERO NA SALA DE AULA”


      Na aula de Sociologia, a professora Frida, abordava a temática sobre a Instituição Familiar e as relações de gênero, junto aos estudantes da turma do 1° ano do Ensino Médio do Colégio Estadual Chiquinha Gonzaga. Começou um tumulto por conta de uma discussão entre dois colegas de sala. Rosa, uma adolescente de 14 anos e Rodrigo da mesma idade, discutiram de maneira acirrada. Isto porque, Rodrigo não aceitou de Rosa uma defesa sobre os direitos das mulheres e teceu um comentário ofensivo à colega, dizendo que: “lugar de mulher é na cozinha, esquentando a barriga no fogão e esfriando no tanque”.
Se você fosse o/a professor/a nesta escola, o que faria?

  
3° CASO
“VIOLANDO O DIREITO DE LIVRE EXPRESSÃO DA ORIENTAÇÃO SEXUAL”

           
            Cássia e Daniela são estudantes do 2° ano C do Colégio Clarice Lispector e estão namorando há dois meses. Na semana passada o pai de uma colega foi até a diretoria do Colégio indignado por ter assistido as duas se beijando em frente ao muro do Colégio. O pai comentou isso com seu filho e outro colega que comentaram com o restante da turma. Na semana seguinte esses meninos cercaram as meninas no horário do recreio dizendo que elas precisavam de homens para aprenderem a ser mulheres de verdade. Disseram ainda que iriam dar “um jeito nisso”. A agente educacional observou a aglomeração e aproximou-se do grupo fazendo com que voltassem as suas salas de aula. Desde então as meninas estão com muito medo de ir e voltar da escola, mas não quiseram comentar o fato com a família por medo de serem repreendidas por estarem namorando uma a outra.

Se você fosse diretor/a nesta escola o que faria?
Casos Disponíveis em: http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/

Analises e observações acerca dos estudos de casos citados anteriormente:
1º Caso – Namoro nas redes sociais
Neste caso estudamos uma situação de um namoro entre uma jovem e um rapaz, que tinha um relacionamento muito exposto nas redes sociais, eles trocavam mensagem mensagens pelo wattsapp de conotação sexual, e as mensagens foram divulgadas no grupo de amigos/as do colégio, gerando um constrangimento para a moça, para o rapaz repercutiu menos tendo em vista que ele era homem.
Este caso é um exemplo de sexting  (resolvemos pesquisar sobre o mesmos) - É o nome que se dá a um hábito prejudicial que, infelizmente, tem se disseminado nos meios digitais, especialmente, entre os adolescentes. Originário do inglês, o termo sexting representa a veiculação de mensagens de conotação sexual, sejam elas transmitidas por fotos, textos, vídeos, etc. Disponível em: http://www.boavontade.com/tecnologia/o-que-e-sexting-e-como-proteger-sua-familia. Sabemos que esse caso é muito comum na sociedade que vivemos as tecnologias utilizadas para o mal, pois muitas imagens e conteúdos invejáveis caem nas redes sociais e causam problemas na vida de muitos jovens e crianças.
Através das discussões no grupo chegamos ao consenso de como resolver tal situação sem constranger ainda mais os envolvidos na posição de gestores escolares. Inicialmente o casal seria convidado para uma conversa para tentar compreender o acontecimento entre eles, depois chamaríamos a família de ambos para que pudessem conscientizar-se para juntos dá apoio ao casal envolvido. Na escola sentaríamos com a equipe de professores para juntos elaborar um projeto de intervenção que discutisse a temática SEXTING – abordando a sexualidade e as mídias levando o alunado a refletir o fato ocorrido. Envolvendo gênero (percebemos que a menina sofreu mais, pelo fato de ser mulher, questão do marxismo – para o rapaz foi bem leve). Foi muito proveitoso para o grupo essa analise percebemos que no nosso dia a dia não será diferente, iremos nos deparar com muitas outras situações.

2º Caso – Violência de gênero na sala de aula
O caso aborda uma situação que aconteceu em uma aula com a temática: Instituição familiar e as relações de gênero, uma aluna e um aluno se envolveram na discussão e ele mostrou sua visão preconceituosa com a figura da mulher lugar de mulher é na cozinha, esquentando a barriga no fogão e esfriando no tanque”.
Para tentar resolver o problema o grupo sugeriu inicialmente um dialogo com o rapaz, em seguida uma pesquisa orientada para a turma, levando a turma refletir sobre machismo, apresentou a importância de uma aula onde a professora mostrasse Leis e outros casos referentes ao assunto. E também um projeto que envolvesse a Escola e a família.

3º Caso - Violando o direito de livre expressão da orientação sexual
O ultimo caso trata da homossexualidade, duas meninas que foram vistas por um pai se beijando próximo à escola. O pai fez um comentário com o filho e o mesmo foi comentando entre os amigos, gerando uma situação de preconceito dentro da escola.
O grupo sugeriu que as famílias das meninas devem ter conhecimento da situação. Que a escola elaborasse um projeto para discutir o tema gênero.
A aula foi bastante proveitosa nos levou a refletir situações cotidianas que iremos nos deparar no meio educacional, e temos que buscar soluções para amenizar esses conflitos que vierem a surgir, a disciplina tem sido de fundamental importância na nossa formação, à mesma tem sido como uma fonte ao nosso pensar como professores da atualidade, um educador consciente do seu papel, que reconhece o papel da escola e a importância da família atuar em parceira com a escola na solução de tais situações. Percebemos em ambos os casos a presença de projetos.