No 20
de setembro de 2016 no mine auditório do Campus
Universitario Osmar de Aquino na cidade de Guarabira-PB, estivemos reunidos
para a nossa 1ª conferência de Educação e Sexualidade, sob as Orientações da
Professora Ana Raquel de França. A mesma nos motivou e proporcionou a
oportunidade de dialogar temáticas de nosso interesse, trazendo propostas para
apresentar em conferência com os colegas da turma. Neste primeiro encontro
foram apresentados quatro temas que serão apresentados abaixo:
Acadêmicas: Janielly Kaline e Thays
1)
Gênero e Sexualidade no Cotidiano Escolar
As
meninas iniciam sua apresentação trazendo conceitos do que seja Gênero e
Sexualidade, mostrando que no cotidiano escolar se faz necessário trabalhar os
conceitos de forma contextualizada, trazendo para o contexto dos alunos, na
realidade que os alunos estão inseridos.
É discutido que desde a gestação os pais definem a cor do
enxoval da criança de acordo com o sexo do bebê.
A escola precisa ressignificar o ensino e as práticas de
Orientação da sexualidade de forma preventiva e sem preconceitos. Assim
necessita repensar ponto em relação ao seu papel social.
Dicas
para a Escola:
·
Procurar meios
acessíveis “O lúdico”,
·
Trabalhar com respeito
a opinião e gosto do outro,
·
Ter continuidade do
trabalho na escola,
·
Discutir sem reprimir,
·
Estudar sexualidade na
escola é quebrar tabus.
“Sexualidade é falar a
própria vida”
O professor precisa se desprender de sues costumes
conservadores, para as questões ligadas a sexualidade e gênero, a formação
doente é fundamental para que ocorra um trabalho construtivo, muitos desafios
irão surgir e o professor deve estar preparado para lidar com situações
cotidianas que vierem a surgir.
É
importante que o educador estenda seus conhecimentos de modo que seja
orientador, sem deixar manifestar suas concepções e valores pessoais, não
deixando que seus pensamentos religiosos ou culturais interfiram na orientação
e ou em sua relação com os alunos.
Essa
temática que as meninas trazem é muito interessante e podemos refletir de forma
clara e objetiva suas propostas. A
escola, enquanto espaço de práticas sociais e pedagógicas constituidoras de
mecanismos que criam e recriam formas diversas de relações de poder, precisa
debater sobre as implicações das relações de gênero e sexualidade nas práticas
de inclusão/exclusão de seus/suas alunos (as), tanto nos processos de
ensino-aprendizagem, como nos de acesso às condições de possibilidade a todas
outras formas de promoção social. É urgente a necessidade de estudos e
reflexões sobre esses temas, sobretudo no princípio de que os corpos são
continuamente produzidos, significados e ressignificados na e pela cultura, e
que a escola se constitui como uma dimensão importante dessas produções.
Excelente discussão, lembrando que cada um que se fez presente pode interagir
com a apresentação aí estão alguns resultados:
Um momento de grande proveito que cada pessoa apresentou seu desenho acerca da temática em estudo.
Acadêmicas: Ana
Paula e Vanderleia Lima
2) Bullying Homofóbico
O início da apresentação se deu através dos conceitos dos
termos Bullying e Homofobia, com a junção dos dois conceitos formou-se o
bullying homofobico que ocorre dentro da escola.
O
que é Bullying? é um termo da língua inglesa (bully = “valentão”) que se
refere a todas as formas de atitudes agressivas, verbais ou físicas,
intencionais e repetitivas, que ocorrem sem motivação evidente e são exercidas
por um ou mais indivíduos, causando dor e angústia, com o objetivo de intimidar
ou agredir outra pessoa sem ter a possibilidade ou capacidade de se defender,
sendo realizadas dentro de uma relação desigual de forças ou poder.
No Brasil, usamos o termo para designar
situações de agressões ou implicâncias intencionais feitas, constantemente, nas
escolas, por um aluno – ou grupo – contra um ou mais colegas.
Compreendendo
o termo Homofobia? Homofobia
significa aversão irreprimível, repugnância, medo, ódio, preconceito que
algumas pessoas, ou grupos nutrem contra os homossexuais, lésbicas, bissexuais e transexuais. Logo o Bullying
Homofóbico é o ato de homofobia, caracterizado por atitudes de preconceito
que a sociedade impõe por não aprovar a opção sexual do outro, esse preconceito
está ligado ao contexto familiar e social que está inserido, e pode ocorrer
verbalmente ou fisicamente. Os danos que a pessoa sofre pode causar tristeza,
mudança de comportamento, medo e até desistência no caso do ambiente escolar e
causa evasão escolar.
De
acordo com a pesquisadora Mirian Abramavay 45% dos meninos e 15% das meninas
não querem ter amigos homossexuais. Mirian, que é coordenadora da área de
Juventude e Políticas Públicas da Faculdade Latino-Americana de Ciências
Sociais (Flasco), afirma que a maioria dos jovens brasileiros ainda tem atitude
bastante preconceituosa em relação á orientação e práticas não heterossexuais.
Esse
tipo de violência não ocorre apenas em escolas, ela pode acontecer em casa,
entre vizinhos, no condomínio, no prédio onde a criança mora ou em qualquer
outro local que ela frequente. Uma das grandes causas desse preconceito é a
falta de informação, as ignorâncias sobre o tema justificam esse problema de
mais da metade da população do Brasil. O nível de escolaridade influência o
preconceito, 55% dos brasileiros sejam contrários à união estável para casais
do mesmo sexo.
A
escola precisa repensar suas práticas um fato que podemos citar como exemplo a
divisão que ainda existe em muitos colégios, onde meninas são separadas dos
meninos na aula de educação física e só podem realizar alguns tipos de
atividades: menina não joga futebol e menino não joga vôlei. E o educador tem
uma parcela de culpa por essa diferenciação, o/a professor/a deve suprir as
necessidades dos alunos, o que não se aprende em casa é dever do mesmo tentar
ensinar. Assim, ao contrário do que muitos acreditam, o papel do professor é
extremamente importante na ruptura das agressões e na manutenção do respeito
dentro e fora da sala de aula. Trazer a diversidade para dentro da escola e
fazê-la ser respeitada é indispensável à manutenção dos direitos humanos,
professores não ignorem a diversidade de sua sala de aula.
Atualmente
nos deparamos com a grande necessidade de tornar todos os profissionais de
educação, e não só os professores, entendedores de todos os temas que envolvem
a questão de identidade de gênero, de orientação sexual e de tudo que isso
envolve, além da necessidade de inclusão do tema nos livros didáticos, o que
abrange as novas configurações familiares.
Teremos
uma postura diferente, pois através da disciplina podemos aprofundar nossos
estudos acerca dessa temática e assim a oportunidade desenvolver nossas novas
práticas.
No
link abaixo confira a notícia:
http://www.pragmatismopolitico.com.br/2016/07/menino-morre-em-sala-de-aula-durante-sessao-de-bullying-homofobico.html
Acadêmicas: Cinthya
e Janielly Oliveira
3) Sexualidade na terceira
idade: Quebrando Tabus.
A
discussão da temática originou-se a partir da sexualidade como parte importante
da vida de todos nós, independentemente da fase em que estamos. Trazendo
conceitos iniciais e abordando que na terceira idade, uma vida sexualmente
ativa pode ser fator de equilíbrio físico e emocional, trazendo maior sensação
de bem-estar e melhor saúde.
Entretanto,
a sociedade ainda vê a sexualidade na terceira idade como um tabu, algo
reservado aos mais jovens. As mudanças consequentes da crescente presença do
idoso em nossa sociedade exigem uma nova postura. Observa-se, sobretudo no
senso comum, uma visão limitada sobre a velhice. Um dos aspectos relacionados
ao idoso mais negligenciado refere-se a sua sexualidade, que, historicamente,
esteve impregnada de mitos e preconceitos responsáveis pela construção de uma
concepção negativa e pela negação da sexualidade do idoso.
É
importante ressaltar que, apesar das controvérsias, assim como o homem, a
mulher independentemente de sua faixa etária, consegue sentir prazer e se
realizar durante a prática sexual.
Esse
assunto é muito importante para todos, hoje os jovens serão os adultos e idosos
de amanhã, e as informações aqui apresentadas pelas meninas é muito valiosa,
nós futuros professores pedagogos podemos atuar em centros de idosos e salas de
EJA (Educação de Jovens e Adultos), podendo ser uma oportunidade de reflexão
para professores e alunos desta modalidade de ensino, sabemos que falar de
sexualidade ainda é vista de forma preconceituosa por muitos.
Acadêmicas: Giselly e Valquiria (Blogueiras)
4) A
Influência da mídia na sexualidade da criança e do adolescente e o
posicionamento da escola.
1. INTRODUÇÃO
A referente pesquisa abordará a
influência da mídia na sexualidade da criança e do adolescente e o
posicionamento da escola. Com o objetivo de refletir o papel da escola acerca
dessa temática, discutindo as relações que se dão entre as mídias e a formação
do pensamento das crianças e adolescentes, bem como as influências das
propagandas visuais, auditivas entre outros meios que trazem informações.
2. A INFLUÊNCIA DA MÍDIA NA SEXUALIDADE DA CRIANÇA E DO
ADOLESCENTE E O POSICIONAMENTO DA ESCOLA.
Já
reparou como a mídia vem sendo o principal meio de conduta da sexualidade
precoce e de grande influência, espalhando temas e cenas relacionadas à
sexualidade?
2.1 CONCEITUANDO: O QUE É
MIDIA?
Quer dizer meio. Ampliamos seu
significado para meios de comunicação de massa, ou seja, qualquer veículo que leve
informação a um grande número de pessoas. Não apenas rádio, TV, jornal e
revista, mas também os out-doors, os baners no metrô, as propagandas na
traseira dos ônibus e até aquela folhinha com fotos eróticas que fica pendurada
na oficina mecânica. Em tudo há uma informação. Exemplo: Os pais tornam a
televisão uma babá eletrônica das crianças, que passam a ficar horas e horas
inativas, quietas, sentadas ou deitadas na frente do aparelho, sem atividades
lúdicas, motoras e sociais.
A televisão tem o poder de
formar a identidade dessa criança, pois a relação de dominador que a TV tem
sobre o receptor- a criança- tende a fazer que ela imite comportamentos e
atitudes transmitidos pelos programas e propagandas da televisão.
Muitas
músicas seguem no mesmo caminho. Têm um forte apelo sexual, falam da mulher
como um objeto para satisfação do homem, de homens que exibem dinheiro e
esbanjam prazer, banalizando a sexualidade. E são um sucesso...
As
crianças e jovens são atraídas pelo ritmo e não sabem avaliar o tipo de música
que devem ou não ouvir. Exemplos: Música
do momento: Bumbum Granada
MCs Zaac e Jerry, Melô da Mulher Feia - DJ Marlboro.
MCs Zaac e Jerry, Melô da Mulher Feia - DJ Marlboro.
A
mídia está aí, com um potencial enorme para trazer informações e influenciar
crianças, jovens e adultos, seja de forma positiva, com debates, reflexões,
programações que promovam discussões em casa, na escola ou na roda de amigos, ou
seja, de forma negativa. Seja qual for sua mídia favorita – o que importa é
fazer escolhas conscientes e questionar sobre o que assistimos, ouvimos ou
lemos, antes de simplesmente “ir na onda” do senso comum.
A
mídia se torna uma formadora de opiniões, e a criança passa a entender as
coisas da forma que é colocada. A forma que a sexualidade é colocada para essas
crianças e adolescentes geralmente não é de forma educativa e com restrições
para cada idade.
A
grande oferta de produtos pornográficos em qualquer banca de revistas ou
locadora de vídeos, a exposição exagerada do corpo, principalmente do feminino,
os programas televisivos e a banalização da sexualidade tem dificultado a
tarefa de educar.
3. O PAPEL DA ESCOLA NA SEXUALIDADE
De acordo com o PCNs de
Orientação Sexual:
A
escola, ao definir o trabalho com Orientação Sexual como uma de suas
competências, o incluirá no seu projeto educativo. Isso implica uma definição
clara dos princípios que deverão nortear o trabalho de Orientação Sexual e sua
clara explicitação para toda a comunidade escolar envolvida no processo educativo
dos alunos. (Pag. 227)
Ao
tratar de tema associado à tão grande multiplicidade de valores, a escola
precisa estar consciente da necessidade de abrir um espaço para a reflexão como
parte do processo de formação permanente de todos os envolvidos no processo
educativo. (Pag. 227)
O
papel da Escola é abrir espaço para que a pluralidade de concepções, valores e
crenças sobre a sexualidade possa se expressar. O trabalho de orientação
sexual, compreende a ação da Escola como complementar à educação dada pela
família.
O
professor, mesmo sem perceber, transmite valores com relação à sexualidade no
seu trabalho cotidiano, inclusive na forma de responder ou não às questões mais
simples trazidas pelos alunos. Espera-se que... A escola aborde as repercussões
de todas as mensagens transmitidas pela mídia, pela família e pela sociedade,
com as crianças e os jovens.
Trata-se
de preencher lacunas nas informações que a criança já possui e, principalmente,
criar a possibilidade de formar opinião a respeito do que lhe é ou foi
apresentado. A escola, ao propiciar informações atualizadas do ponto de vista
científico e explicitar os diversos valores associados à sexualidade e aos
comportamentos sexuais existentes na sociedade, possibilita ao aluno
desenvolver atitudes coerentes com os valores que ele próprio elegeu como seus.
Considerações Finais
A
mídia é grande influenciadora na formação da identidade da criança e do
adolescente, os mesmos precisam de orientação a respeito da temática. Sendo
assim, a educação e orientação sexual acabam influenciando os valores, que
devem ser aceitos e construídos culturalmente.
A escola tem uma responsabilidade, realizando um trabalho
pedagógico, que vise diferentes pontos de vista, promovendo um ambiente
acolhedor que possibilite o desenvolvimento da personalidade da criança, pois
elas recebem informações carregadas de emoções e valores e vão construindo sua
história. Tornando importante que a escola favoreça um conhecimento reflexivo a
cerca da temática.
Referências
MIDIA
X SEXUALIDADE: O que você assiste, ouve e lê também interfere no seu jeito de
agir e pensar. Disponível em:
http://www.agenciajovem.org/wp/na-sexualidade-o-que-voce-assiste-ouve-e-le-tambem-interfere-no-seu-jeito-de-agir-e-pensar.
Acesso em 18 de set de 2016.
Sexualidade
na escola. Disponível em: ptslidesshare/leandrofuzaro.com. Acesso em 17 de set
de 2016.
Parâmetros
curriculares nacionais: Orientação Sexual/Ministério da Educação. Secretaria de
Educação Fundamental. Disponível em:
portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/orientação. Acesso em 18 de set de 2016.