3ª AULA
12/07/16
Mitos e Crenças sobre a sexualidade
Abrindo
o estudo com o assunto “ Mitos e crenças sobre a sexualidade”, foi uma conversa
bastante rica, cheia de novos conhecimentos e esclarecimentos de dúvidas
frequentes acerca da questão em destaque.
A
nossa sociedade é, ainda, muito marcada por mitos e crenças relacionados com a
sexualidade, que foram limitando-se ao passar dos anos, é um reflexo de uma
tradição social que se foi produzindo ao longo do tempo, essa tradição se
tornou em verdade indiscutíveis, e diante disso, devemos buscar constantemente
questiona-las e desmitifica-las.
Algumas
ideias preconcebidas:
·
Sexo
durante a gravidez machuca o feto;
·
Só
engravida com penetração;
·
Pé e
mão grande são sinais de pênis grande;
·
Ter
relação sexual na água não engravida;
·
Tamanho
do pênis tem relação com o ato sexual melhor;
·
Homem
gosta mais de sexo do que a mulher;
·
Ficar
de cócoras depois do sexo não engravida;
Observações
acerca da temática em estudo. Vivemos ainda num mundo em que as experiências
sexuais precoces são bem vistas nos rapazes, enquanto nas moças é valorizada a
castidade, evitando a sexualidade feminina até o casamento. Tradicionalmente e
historicamente a imagem da mulher deve ser de pureza, deste modo é repassada a
mulher a ideia de que só pode se relacionar sexualmente com quem ama. A falta
de conhecimento sobre a sexualidade é uma realidade muito presente na nossa
sociedade apesar de tanta modernidade.
Outro
ponto importante na discussão, é o “ser homem” e “ser mulher “hoje. Os pais,
como primeiros e importantes agentes de socialização, cooperam de forma
significativa para que os seus filhos aprendam deste de cedo, representações
sobre a diferença, muitas vezes exageradas, entre homens e mulheres. Estas
representações são encontradas até mesmo nos brinquedos, como os bonecos
lutadores, fortes com que brincam os meninos e as magras e delicadas bonecas
com que as meninas brincam. E caso, um ou outro mudem de brinquedo, os pais
reclamam e colocam para as crianças brincarem daquilo que eles querem e acham o
correto. Bloqueando a imaginação da criança e moldando um ser humano limitado.
As crianças crescem a ouvir dizer também, que os homens não choram, não usam
maquiagem, e que as mulheres não sabem sobre carros, não podem ser motoristas,
entre outros discursos que negligenciam o entendimento da criança acerca da
sexualidade. Estes padrões tradicionais influenciam muito a socialização das
crianças e as suas crenças sobre gênero. Devemos ressignificar estas ideias,
buscando proporcionar novos conhecimentos, estimulando o questionamento por
meio da investigação, na busca por informações.
Em
continuidade, ressalto o Vídeo: “ Amanda e Monick”, (Barra de São Miguel).
Vídeo de extrema importância para quebramos tabus sobre gênero. É apresentado,
o casal – Monick (travesti) casada com uma lésbica. Para a sociedade não teria
possibilidade de acontecer, já que ambos deveriam gostar do mesmo sexo, pois
são homossexuais. Por isso, é importante este estudo para ressignificamos o
discurso que a muito tempo vem sendo pregado pela cultura. É de grande
relevância destacar, que como educadoras ficamos muito felizes em saber que
podemos ter contato com um vídeo que provoca um debate em defesa dos direitos
individuais, o qual cada pessoa é livre para viver e buscar sua felicidade. O
vídeo também é uma reflexão para combate a homofobia e contribuindo para uma
reavaliação sobre gênero.
É
impressionante saber dessas histórias tão singulares, encaradas de uma maneira
tão simples como foi exposto no vídeo. Dois travestis vivem realidades
diferentes. Amanda é professora, e Monick trabalha como prostituta. Amanda
desde de pequena foi apoiada pela família, mesmo sendo ainda de maneira limitada.
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