terça-feira, 9 de agosto de 2016

3ª AULA
12/07/16
Mitos e Crenças sobre a sexualidade



Abrindo o estudo com o assunto “ Mitos e crenças sobre a sexualidade”, foi uma conversa bastante rica, cheia de novos conhecimentos e esclarecimentos de dúvidas frequentes acerca da questão em destaque.
A nossa sociedade é, ainda, muito marcada por mitos e crenças relacionados com a sexualidade, que foram limitando-se ao passar dos anos, é um reflexo de uma tradição social que se foi produzindo ao longo do tempo, essa tradição se tornou em verdade indiscutíveis, e diante disso, devemos buscar constantemente questiona-las e desmitifica-las.
Algumas ideias preconcebidas:
·         Sexo durante a gravidez machuca o feto;
·         Só engravida com penetração;
·         Pé e mão grande são sinais de pênis grande;
·         Ter relação sexual na água não engravida;
·         Tamanho do pênis tem relação com o ato sexual melhor;
·         Homem gosta mais de sexo do que a mulher;
·         Ficar de cócoras depois do sexo não engravida;

Observações acerca da temática em estudo. Vivemos ainda num mundo em que as experiências sexuais precoces são bem vistas nos rapazes, enquanto nas moças é valorizada a castidade, evitando a sexualidade feminina até o casamento. Tradicionalmente e historicamente a imagem da mulher deve ser de pureza, deste modo é repassada a mulher a ideia de que só pode se relacionar sexualmente com quem ama. A falta de conhecimento sobre a sexualidade é uma realidade muito presente na nossa sociedade apesar de tanta modernidade.
Outro ponto importante na discussão, é o “ser homem” e “ser mulher “hoje. Os pais, como primeiros e importantes agentes de socialização, cooperam de forma significativa para que os seus filhos aprendam deste de cedo, representações sobre a diferença, muitas vezes exageradas, entre homens e mulheres. Estas representações são encontradas até mesmo nos brinquedos, como os bonecos lutadores, fortes com que brincam os meninos e as magras e delicadas bonecas com que as meninas brincam. E caso, um ou outro mudem de brinquedo, os pais reclamam e colocam para as crianças brincarem daquilo que eles querem e acham o correto. Bloqueando a imaginação da criança e moldando um ser humano limitado. As crianças crescem a ouvir dizer também, que os homens não choram, não usam maquiagem, e que as mulheres não sabem sobre carros, não podem ser motoristas, entre outros discursos que negligenciam o entendimento da criança acerca da sexualidade. Estes padrões tradicionais influenciam muito a socialização das crianças e as suas crenças sobre gênero. Devemos ressignificar estas ideias, buscando proporcionar novos conhecimentos, estimulando o questionamento por meio da investigação, na busca por informações.
Em continuidade, ressalto o Vídeo: “ Amanda e Monick”, (Barra de São Miguel). Vídeo de extrema importância para quebramos tabus sobre gênero. É apresentado, o casal – Monick (travesti) casada com uma lésbica. Para a sociedade não teria possibilidade de acontecer, já que ambos deveriam gostar do mesmo sexo, pois são homossexuais. Por isso, é importante este estudo para ressignificamos o discurso que a muito tempo vem sendo pregado pela cultura. É de grande relevância destacar, que como educadoras ficamos muito felizes em saber que podemos ter contato com um vídeo que provoca um debate em defesa dos direitos individuais, o qual cada pessoa é livre para viver e buscar sua felicidade. O vídeo também é uma reflexão para combate a homofobia e contribuindo para uma reavaliação sobre gênero.

É impressionante saber dessas histórias tão singulares, encaradas de uma maneira tão simples como foi exposto no vídeo. Dois travestis vivem realidades diferentes. Amanda é professora, e Monick trabalha como prostituta. Amanda desde de pequena foi apoiada pela família, mesmo sendo ainda de maneira limitada. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário